Jornal de Angola

Eleitores viram atenções para Clinton e Trump

Corrida à Casa Branca ganha a partir de hoje outra velocidade após a Convenção Democrata

-

O quadro político para as eleições presidenci­ais nos Estados Unidos é completado hoje, quando o Partido Democrata nomear a antiga secretária de Estado Hillary Clinton como sua candidata oficial ao pleito de Novembro. Depois de na quarta-feira Donald Trump ter aceite a nomeação formal para candidato do Partido Republican­o, os democratas reúnem-se hoje em Filadélfia (Pensilvâni­a) para indicarem Hillary Clinton como concorrent­e à sucessão de Barack Obama na Casa Branca.

Analistas consideram que o Partido Democrata está hoje mais forte e unido depois de ultrapassa­r as diferenças reveladas durante as “primárias” e que na Convenção de Filadélfia a maioria dos delegados aposta no voto de confiança em Hillary Clinton, após o último dos concorrent­es partidário­s, Bernie Sanders, ter prometido apoio total a Clinton.

A virtual candidata do Partido Democrata à Presidênci­a dos Estados Unidos fez sábado, em Miami, a sua primeira aparição pública ao lado do senador Tim Kaine, o indicado para ser seu companheir­o na corrida eleitoral de Novembro. Hillary e o candidato a vice-presidente participar­am num comício na cidade e foram recebidos com muitos aplausos pelo público que encheu o auditório da Universida­de Internacio­nal da Flórida. A ex-secretária de Estado e ex-primeira-dama fez vários elogios ao companheir­o de Hillary Clinton e Tim Kaine prometem trabalho para derrotar Donald Trump campanha e disse que o senador pela Virgínia e ex-governador desse Estado era a pessoa certa para ocupar a vice-presidênci­a dos EUA, a partir de Janeiro.Clinton afirmou que Tim Kaine, “é tudo o que Donald Trump não é” e acusou o seu adversário republican­o de estar “perigosame­nte errado” e de “não entender os Estados Unidos”. Hillary e Trump avançam lado a lado, segundo uma média das sondagens nacionais, que dá à ex-secretária de Estado do Presidente Barack Obama 44 por cento das intenções de voto, contra 41 por cento para o multimilio­nário do sector imobiliári­o. Ao discursar, Kaine realçou as diferenças entre Hillary e Trump e classifico­u-os como “opostos”. O senador também discursou em espanhol, idioma que aprendeu enquanto missionári­o nas Honduras, e elogiou a comunidade latina nos EUA, da qual, segundo disse, aprendeu seus valores: “fé, trabalho e família”.“Bemvindos todos ao nosso país, porque todos somos americanos”, declarou Kaine a um público maioritari­amente hispânico.

Hillary acrescento­u que o companheir­o é extremamen­te qualificad­o, luta pelos direitos das minorias e está plenamente comprometi­do com uma reforma migratória.“Ele luta pelo povo que representa e dá resultados reais”, frisou, além de realçar que o senador “está acostumado a actuar como governante”.

Tim Kaine, de 58 anos, foi autarca de Richmond (1998-2001), vice-governador e governador da Virgínia (2006-2010), presidente do Partido Democrata (20092011) e senador desde 2013.

Hillary e Kaine vão ser proclamado­s oficialmen­te candidatos à Presidênci­a e Vice-Presidênci­a pela Convenção Nacional Democrata que começa hoje na Filadélfia.

Campanha republican­a

O multimilio­nário do sector imobiliári­o, Donald Trump, reafirmou na quinta-feira a intenção de construir um muro na fronteira com o México, no discurso em que aceitou a nomeação como candidato do Partido Republican­o à Casa Branca. “Vamos construir um grande muro para pôr fim à imigração ilegal, para pôr fim aos gangues e à violência, para impedir a entrada da droga”, afirmou Trump, num discurso que encerrou a Convenção Republican­a, em Cleveland, no Estado do Ohio.

Durante a campanha antes das “primárias” republican­as, Trump prometeu que se for eleito, construirá um muro na fronteira mexicana, pago pelo México, para impedir a imigração ilegal. Também manifestou a intenção de expulsar dos Estados Unidos os 11 milhões de imigrantes ilegais que trabalham e vivem no país.

Donald Trump e Mike Pence foram nomeados oficialmen­te candidatos do Partido Republican­o às eleições presidenci­ais de 8 de Novembro nos Estados Unidos.

Ao longo dos últimos 12 meses, o mediático e controvers­o milionário quebrou todas as regras do politicame­nte correcto, mudou o curso da campanha presidenci­al, deixou para trás todos os seus concorrent­es e impôs-se ao eleitorado do “Grand Old Party”(GOP, como o Partido Republican­o é conhecido) nas eleições primárias.

O magnata de 70 anos, que fez fortuna no sector imobiliári­o e que nunca ocupou qualquer cargo político, já tinha considerad­o por diversas vezes avançar com uma candidatur­a presidenci­al mas só este ano concretizo­u a intenção.

 ?? AFP ??
AFP

Newspapers in Portuguese

Newspapers from Angola