Eleição provoca mudança na direcção do maioritário
Paulo Kassoma é agora o secretário-geral do partido
Após a reeleição de José Eduardo dos Santos como presidente do partido, João Lourenço e Paulo Kassoma foram ontem eleitos vice-presidente e secretário-geral do MPLA. A eleição dos dois mais directos colaboradores do presidente do partido aconteceu no complexo Futungo II, durante a primeira reunião do Comité Central saído do VII Congresso. Além do número dois da estrutura de direcção do MPLA, e do secretário-geral, também foram eleitos o Bureau Político, que é o organismo permanente de direcção do partido que delibera no intervalo das reuniões do Comité Central, e a Comissão de Auditoria e Disciplina, que vela pelo cumprimento das disposições constitucionais, legais, estatutárias, regulamentares e do programa por que se rege o partido. Na abertura do encontro, o Presidente José Eduardo dos Santos voltou a falar da importância da Moção de Estratégia do Líder, aprovada durante o VII Congresso, e recordou que o Comité Central assumiu o compromisso de “tomar as providências necessárias para aplicar e fazer cumprir todas as orientações e tarefas” que constam do documento. O Bureau Político deve preparar a proposta de Estratégia Eleitoral, o Projecto de Programa de Governação para o período 2017-2022 e a proposta da Lista de Candidatos do MPLA às Eleições Gerais de 2017.
João Lourenço e Paulo Kassoma foram ontem eleitos vice-presidente e secretário-geral do MPLA. A eleição dos dois mais directos colaboradores do presidente do partido aconteceu no complexo Futungo II, durante a primeira reunião do Comité Central saído do VII Congresso.
Além do número dois da estrutura de direcção do MPLA e do secretário-geral, também foram eleitos o Bureau Político, que é o organismo permanente de direcção do partido que delibera no intervalo das reuniões do Comité Central, e a Comissão de Auditoria e Disciplina, que vela pelo cumprimento das disposições constitucionais, legais, estatutárias, regulamentares e do programa por que se rege o partido.
São poucas as novidades na composição do Bureau Político, com o “núcleo duro” da direcção do MPLA a fazer jus ao conservadorismo que lhe é característico. Desde logo o número de integrantes (41), apenas mais um que o anterior, quando se aventava a hipótese de aumentar ainda mais, tendo em conta o alargamento do Comité Central.
Caras novas
No essencial, apenas cinco caras novas: Isaac dos Anjos, governador provincial de Benguela, Augusto Tomás, ministro dos Transportes, Cândida Guilherme Francisco Narciso, governadora provincial da Lunda Sul, Luísa Damião, deputada, Joanes André, governador provincial do Zaire, e Ernesto Muangala, governador provincial da Lunda Norte.
De fora ficaram rostos conhecidos, alguns dos quais veteranos: Armando da Cruz Neto, Genoveva Lino, Gonçalves Muandumba, Mawete João Baptista e Manuel Pedro Pacavira.
Na abertura, o presidente José Eduardo dos Santos voltou a falar da importância da Moção de Estratégia do Líder, aprovada durante o Congresso, e recordou que o Comité Central assumiu o compromisso de “tomar as providências necessárias para aplicar e fazer cumprir todas as orientações e tarefas” que constam do documento.
Durante a reunião foi definido que o Bureau Político vai preparar a proposta de Estratégia Eleitoral, o Projecto de Programa de Governação para o período 2017-2022 e a proposta da Lista de Candidatos do MPLA às próximas Eleições Gerais de 2017, para submeter à apreciação e aprovação do Comité Central.
Reforçar a disciplina
O líder do MPLA voltou a falar da necessidade de se reforçar a disciplina e salientou que “o Bureau Político deve continuar a apoiar o Governo na execução do Orçamento Geral do Estado de 2016 revisto e na preparação do Orçamento Geral do Estado para 2017, a submeter à Assembleia Nacional em Outubro deste ano”.
José Eduardo dos Santos lembrou a “missão árdua” que o Comité Central tem pela frente e exigiu rigor e empenho para assegurar que os projectos inseridos nos programas de investimento público, de subordinação central e provincial, que tenham sido aprovados no âmbito deste mandato, sejam concluídos até Agosto de 2017.
´Aos membros do Comité Central, José Eduardo dos Santos considerou “fundamental” a materialização dos desígnios que constam da Moção de Estratégia do Líder, que é, como disse, o programa para o período de cinco anos.
Projecto de sociedade
José Eduardo dos Santos lembrou aos dirigentes do seu partido que para manter e reforçar a confiança do povo angolano no MPLA não basta congregar os militantes, simpatizantes e amigos do MPLA em torno do líder do partido. “É necessário juntar todos em torno de um Programa e de um projecto de sociedade e assegurar a sua concretização”, frisou.
O Bureau Político do MPLA tem 47 membros, e foi eleito com 351 votos a favor, três contra e uma abstenção, correspondendo a 98,9 por cento. João Lourenço foi eleito vice-presidente do MPLA, com 351 votos a favor e quatro contra, correspondendo a 98,9 por cento, enquanto o novo secretário-geral, Paulo Kassoma, foi eleito com 353 votos a favor e dois contra, correspondendo a 99,4 por cento dos votos expressos.
Secretariado do Bureau Político
Na sua primeira reunião, logo a seguir à eleição pelo Comité Central, o Bureau Político do MPLA elegeu o seu Secretariado. Assinalam-se algumas alterações de vulto na composição do órgão executivo responsável pela aplicação das deliberações e decisões dos órgãos e organismos nacionais de direcção e que assegura o regular funcionamento das estruturas partidárias.
O Secretariado, que tem à testa o presidente do partido, José Eduardo dos Santos, passa a contar com João Lourenço e Paulo Kassoma, em substituição de Roberto de Almeida e Julião Mateus Paulo Dino Matrosse, como vice-presidente e secretário-geral.
Pedro Sebastião assume a pasta dos Antigos Combatentes e Veteranos da Pátria, que foi antes de Francisco Magalhães Paiva “Nvunda”, enquanto Dino Matrosse passa a responder somente pelas Relações Internacionais do partido, função que desempenhava de forma cumulativa, após o falecimento de Afonso Van-Dúnem Mbinda.
De resto, tudo se mantém: Mário António de Sequeira e Carvalho é o secretário para Informação e Propaganda, Joana Lina Ramos Baptista, secretária para Administração e Finanças, e João de Almeida Martins, secretário para os Assuntos Políticos e Eleitorais. A área de Quadros mantém-se com Paulo Kassoma, que acumula com o cargo de secretário-geral. Jorge Inocêncio Dombolo permanece como secretário para a Organização e Mobilização e Manuel Nunes Júnior, é o secretário para os Assuntos Económicos e Sociais.
Roberto de Almeida, ex-vicepresidente do MPLA, foi designado pelo Bureau Político para presidir à Fundação Sagrada Esperança.