Jornal de Angola

Isaías Samakuva anuncia Congresso

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A UNITA vai realizar um Congresso Extraordin­ário depois das eleições gerais que se realizam no próximo ano, informou o presidente do partido.

A UNITA vai realizar um Congresso Extraordin­ário depois das eleições gerais que se realizam no próximo ano, informou o presidente do partido, durante uma entrevista à Angop.

Questionad­o sobre que cenários tem desenhado para a UNITA, caso o partido venha a perder as eleições gerais de 2017, Isaías Samakuva afirmou que, pessoalmen­te, vê apenas um cenário. “Ganhe ou perca as eleições, depois delas a UNITA vai fazer um Congresso Extraordin­ário, para refazer a sua direcção”.

O último Congresso Ordinário da UNITA foi realizado em Dezembro do ano passado, altura em que Isaías Samakuva foi reeleito para um quarto mandato consecutiv­o, devendo o mesmo expirar em 2019. O presidente da UNITA respondeu também à questão sobre se reconhecia os resultados eleitorais em caso de vitória do MPLA. “Se as eleições forem livres, justas e transparen­tes, sim, são reconhecid­as como tais. Se forem fraudulent­as, a fraude é denunciada”.

Durante a entrevista, Samakuva voltou a falar de fraude, um discurso reiteradam­ente feito pela oposição, antes mesmo da realização das eleições. “Quando estamos a falar da fraude no que diz respeito às próximas eleições, estamos apenas a alertar o cidadão eleitor para a necessidad­e de sermos vigilantes e denunciarm­os tudo o que diz respeito à violações das normas estabeleci­das para a condução do processo eleitoral”, começou por dizer o político, para quem “só se pode recorrer ao discurso da fraude quando ela existe na verdade”.

O líder do maior partido da oposição afirmou que os processos eleitorais angolanos têm sido realizados com aquilo que considera “manobras fraudulent­as”. Samakuva reafirmou que a UNITA vai continuar a denunciar eventuais actos que indiciem fraude. “Quem não gosta de ouvir estas denúncias, organize as eleições de modo a afastar todos os passos que suscitem dúvidas, haja transparên­cia e boa fé”, disse.

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