Exigido melhor atendimento ao cidadão
O segundo comandante provincial de Luanda da Polícia Nacional defendeu ontem, na capital, um melhor atendimento a todos os cidadãos que, diariamente, recorrem aos piquetes de Polícia para apresentação de inquietações relacionadas com a segurança pública.
Ao intervir no encerramento do curso de especialização de 813 efectivos, para um melhor atendimento público nos piquetes de Polícia, que decorreu durante três semanas no anfiteatro do Comando Provincial de Luanda, Manuel Francisco disse que as dificuldades relacionadas com as infra-estruturas policiais e o material de trabalho não podem constituir motivos para um mau atendimento aos cidadãos que solicitam os serviços da Polícia Nacional e defendeu a formação do homem para realizar um melhor trabalho.
O oficial comissário instou os efectivos a pautarem a sua conduta para com os cidadãos em conformidade com a lei, as normas e regulamentos vigentes na Polícia Nacional, salvaguardando o interesse público, tratando com dignidade os cidadãos que afluem às unidades para solicitar apoio. “O princípio da legalidade e o respeito aos direitos das pessoas é o princípio basilar para o exercício das nossas actividades nos piquetes de Polícia”, sublinhou.
O Piquete de Polícia é uma estrutura de serviço organizado que envolve efectivos e meios seleccionados com vista ao atendimento célere dos cidadãos, pelo que os efectivos devem desempenhar esta actividade com responsabilidade.
Durante a formação, que durou três semanas, os agentes obtiveram conhecimentos em técnicas de atendimento nos piquetes de Polícia, o poder discricionário na actuação policial, técnicas de elaboração de expediente como autos de notícia, de queixa, participação e de apreensão.
O segundo comandante provincial de Luanda da Polícia Nacional espera que as matérias tratadas durante a formação sirvam de factores motivadores para elevar a competência dos efectivos, prestando um serviço eficaz e de qualidade a todos os cidadãos que recorrem às esquadras policiais, e assim contrapor o quadro sombrio actual em relação a esta matéria.
O acto de encerramento da formação foi antecedido de uma palestra com o tema “O atendimento ao público, princípios e requisitos de qualidade”, em que foi prelectora Goreth Mateus, licenciada em Ciências Policiais e Criminais pelo Instituto Superior Osvaldo de Jesus Serra Van-Dúnem.
O atendimento público está relacionado com o acto de acolher com cortesia e atenção pessoas que solicitam os serviços nos piquetes de Polícia, sendo importante a empatia, linguagem adequada, postura, responsabilidade, objectividade e o saber ouvir. A falta de formação para a função, ignorar o cidadão, tratá-lo com distanciamento e frieza, o atendimento com má vontade ou mesmo interromper o cidadão quando está a apresentar uma situação e dar conselhos desnecessários, sem serem solicitados, são aspectos negativos no atendimento público, disse.
A degradação da imagem institucional da Polícia Nacional é consequência do deficiente atendimento público nos piquetes de Polícia. “Os cidadãos não reagem de acordo com as forças e fraquezas, mas de acordo com a imagem que dela formam. A partir do momento em que o cidadão se dirige ao Piquete de Polícia, é posto à prova o bom ou mau atendimento”, frisou.