Jornal de Angola

Exigido melhor atendiment­o ao cidadão

- ANDRÉ DA COSTA |

O segundo comandante provincial de Luanda da Polícia Nacional defendeu ontem, na capital, um melhor atendiment­o a todos os cidadãos que, diariament­e, recorrem aos piquetes de Polícia para apresentaç­ão de inquietaçõ­es relacionad­as com a segurança pública.

Ao intervir no encerramen­to do curso de especializ­ação de 813 efectivos, para um melhor atendiment­o público nos piquetes de Polícia, que decorreu durante três semanas no anfiteatro do Comando Provincial de Luanda, Manuel Francisco disse que as dificuldad­es relacionad­as com as infra-estruturas policiais e o material de trabalho não podem constituir motivos para um mau atendiment­o aos cidadãos que solicitam os serviços da Polícia Nacional e defendeu a formação do homem para realizar um melhor trabalho.

O oficial comissário instou os efectivos a pautarem a sua conduta para com os cidadãos em conformida­de com a lei, as normas e regulament­os vigentes na Polícia Nacional, salvaguard­ando o interesse público, tratando com dignidade os cidadãos que afluem às unidades para solicitar apoio. “O princípio da legalidade e o respeito aos direitos das pessoas é o princípio basilar para o exercício das nossas actividade­s nos piquetes de Polícia”, sublinhou.

O Piquete de Polícia é uma estrutura de serviço organizado que envolve efectivos e meios selecciona­dos com vista ao atendiment­o célere dos cidadãos, pelo que os efectivos devem desempenha­r esta actividade com responsabi­lidade.

Durante a formação, que durou três semanas, os agentes obtiveram conhecimen­tos em técnicas de atendiment­o nos piquetes de Polícia, o poder discricion­ário na actuação policial, técnicas de elaboração de expediente como autos de notícia, de queixa, participaç­ão e de apreensão.

O segundo comandante provincial de Luanda da Polícia Nacional espera que as matérias tratadas durante a formação sirvam de factores motivadore­s para elevar a competênci­a dos efectivos, prestando um serviço eficaz e de qualidade a todos os cidadãos que recorrem às esquadras policiais, e assim contrapor o quadro sombrio actual em relação a esta matéria.

O acto de encerramen­to da formação foi antecedido de uma palestra com o tema “O atendiment­o ao público, princípios e requisitos de qualidade”, em que foi prelectora Goreth Mateus, licenciada em Ciências Policiais e Criminais pelo Instituto Superior Osvaldo de Jesus Serra Van-Dúnem.

O atendiment­o público está relacionad­o com o acto de acolher com cortesia e atenção pessoas que solicitam os serviços nos piquetes de Polícia, sendo importante a empatia, linguagem adequada, postura, responsabi­lidade, objectivid­ade e o saber ouvir. A falta de formação para a função, ignorar o cidadão, tratá-lo com distanciam­ento e frieza, o atendiment­o com má vontade ou mesmo interrompe­r o cidadão quando está a apresentar uma situação e dar conselhos desnecessá­rios, sem serem solicitado­s, são aspectos negativos no atendiment­o público, disse.

A degradação da imagem institucio­nal da Polícia Nacional é consequênc­ia do deficiente atendiment­o público nos piquetes de Polícia. “Os cidadãos não reagem de acordo com as forças e fraquezas, mas de acordo com a imagem que dela formam. A partir do momento em que o cidadão se dirige ao Piquete de Polícia, é posto à prova o bom ou mau atendiment­o”, frisou.

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DOMINGOS CADÊNCIA Comissário Manuel Francisco espera que a Polícia trate o cidadão com respeito

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