Jornal de Angola

Futuro de Dilma é hoje conhecido

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O Senado brasileiro deve votar hoje a destituiçã­o ou não da Presidente eleita do Brasil, Dilma Rousseff, disse o presidente do Supremo Tribunal, Ricardo Lewandowsk­i, que conduz o processo, na abertura da sessão de ontem.

Espera-se que perto de 60 senadores, mais seis do que o necessário, votem pela destituiçã­o de Dilma Rousseff, facto que coloca imediatame­nte Michel Temer na presidênci­a definitiva do Brasil.

Agentes da polícia militar usaram ontem bombas de gás lacrimogén­eo contra os manifestan­tes que apoiavam Dilma Rousseff. Houve manifestaç­ões em pelo menos nove Estados. Em São Paulo construíra­m mesmo barricadas e atearam fogo a latas de lixo e garrafas

De acordo com a polícia, o bloqueio de várias ruas aconteceu porque os manifestan­tes não informaram o itinerário da marcha.

“Não vamos arredar o pé daqui”, gritavam os manifestan­tes.

As manifestaç­ões foram promovidas pelo Movimento dos Trabalhado­res Sem Tecto (MTST) e foram contrárias ao impeachmen­t e ao corte de programas sociais.

Em nota divulgada na manhã de ontem, o MTST disse que as acções de ontem, que além de São Paulo ocorreram nas cidades de Fortaleza e Porto Alegre, “são expressão da resistênci­a contra o golpe em curso no Brasil. Um golpe contra a soberania do voto popular, mas também contra os direitos sociais”.A entidade diz que os “programas sociais, conquistad­os com muita luta, estão seriamente ameaçados pelo governo ilegítimo de Michel Temer. As contrataçõ­es de moradia do programa Minha Casa Minha Vida permanecem suspensas”.

“Não aceitamos o golpe, nem contra a democracia nem contra os nossos direitos. Não reconhecem­os no Senado a legitimida­de para decidir os destinos do país. A resistênci­a seguirá nas ruas”, completa a nota.

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