Obama e Putin reunidos na China
O Presidente russo, Vladimir Putin, vai reunir-se hoje com o seu homólogo norte-americano, Barack Obama, à margem da Cimeira do G20 que se realiza na cidade chinesa de Hangzhou, informou ontem o Kremlin.
“Os líderes acordaram reunir-se amanhã [segunda-feira]”, afirmou o porta-voz da presidência russa, Dmitri Peskov, à agência oficial RIA-Novosti, acrescentando que não ficou acordado o formato das conversações, que se podem concretizar como um encontro informal ou uma reunião.
“Preparamo-nos para uma reunião, se a agenda o permitir”, afirmou à RIA uma fonte da delegação russa que participa na Cimeira do G20.
O ministro dos Negócios Estrangeiros da Rússia, Serguei Lavrov, reuniu-se ontem em Hangzhou com o seu homólogo norte-americano, John Kerry, para tentar alcançar um acordo sobre o cessar-fogo na Síria. Segundo Kerry, foi possível ultrapassar algumas questões técnicas, mas ainda estão por solucionar um par de assuntos duros.
O secretário de Estado norteamericano revelou que as negociações com a delegação russa vão prosseguir hoje, pela manhã, naquele que é o segundo e último dia da Cimeira do G20.
Já o vice-ministro dos Negócios Estrangeiros russo, Serguei Riabkov, mostrou-se mais optimista do que Kerry, considerando que Moscovo e Washington estão perto de alcançar um acordo sobre a Síria.
“Digo-vos sem hesitar que estamos próximos de um acordo (...) e não há nenhum fundamento para supor que o mesmo falhe”, afirmou o governante russo a um grupo de jornalistas.
Rajoy critica populismo
O presidente do Governo espanhol, Mariano Rajoy, alertou, ontem, na Cimeira do G20 que os populismos são os grandes inimigos das reformas estruturais e do progresso e, consequentemente, do crescimento económico. Na sua exposição, assinalou que um baixo crescimento económico é a causa do auge dos populismos, mas, paradoxalmente, os populismos são os grandes inimigos das reformas estruturais que geram crescimento.
“Com economias mais resistentes, reformas e melhor coordenação económica, podemos dar uma melhor resposta aos riscos que ameaçam o crescimento”, sublinhou.
Rajoy assinalou que Espanha é um exemplo disso mesmo, considerando que “a aplicação de uma ambiciosa agenda de reformas no setor financeiro, mercado laboral e função pública, e mercados de bens e serviços, permitiu tirar Espanha da situação extrema em que se encontrava há quatro anos”.
A intervenção do líder do Partido Popular espanhol foi proferida dias depois de Rajoy ter visto fracassada a segunda votação de investidura no parlamento, tendo 180 deputados votado contra e 170 a favor.