Pedestres e ciclistas as principais vítimas
Metade das vítimas de acidentes de viação no Mundo são pedestres e ciclistas, revelou ontem um relatório do Programa da ONU para o Meio Ambiente (PNUMA), que pede aos países para investirem pelo menos 20 por cento do orçamento destinado ao sector dos Transportes na segurança de pedestres e ciclistas.
O documento diz que a falta de investimentos em estradas seguras está a matar 1,3 milhões de pessoas por ano, sendo que 49 por cento das vítimas de acidentes de trânsito são pedestres, ciclistas e motociclistas.
O Programa da ONU para o Meio Ambiente refere que entre os cinco países mais perigosos para andar a pé, de motorizada ou de bicicleta, quatro estão em África: o Malawi fica em primeiro lugar, onde pedestres e ciclistas representam 66 por cento dos que morrem em acidentes de trânsito. A seguir está o Quénia, a África do Sul, a Zâmbia e o Nepal.
Faixa exclusiva
O relatório traz informações sobre a baixa qualidade do ar, em parte causada pelas emissões de gases dos veículos. Por ano, ocorrem sete milhões de mortes prematuras devido à poluição, que também aumenta problemas como bronquite, asma e doenças do coração.
Ao mesmo tempo, a frota de carros mundial deve triplicar até 2050. O Programa da ONU para o Meio Ambiente diz que isso pode resultar no aumento das mortes no trânsito e prejudicar as medidas de combate ao aquecimento global.
O diretor do Programa da ONU para o Meio Ambiente, Erik Solheim, lembrou que “as pessoas arriscam as suas vidas todas as vezes que saem de casa”. O responsável defende que pessoas, e não os carros, sejam a prioridade dos sistemas de transporte.
O Brasil acolheu, no ano passado, uma conferência internacional sobre prevenção rodoviária, um asunto que na agenda das prioridades da ONU em decorrência do expressivo número de acidentes de viação, com vítimas mortais, que ocorrem no Mundo.