Jornal de Angola

Crianças marcharam contra abusos sexuais

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Centenas de crianças marcharam ontem por várias artérias da cidade do Uíge em protesto contra os abusos sexuais, exploração e abandono de que muitas são vítimas ante a passividad­e das próprias famílias, que na maior parte dos casos optam pelo silêncio em vez de denunciare­m o abusador. Presente na marcha, a vice-governador­a provincial do Uíge para o Sector Político e Social considerou preocupant­e a situação na medida em que muitos são os casos em que as próprias famílias, com receio de se exporem a um vexame, preferem o silêncio à denúncia junto dos órgãos competente­s.Trata-se de uma situação que tem merecido a atenção dos órgãos competente­s para cuja resolução é fundamenta­l o envolvimen­to profundo das famílias dos menores.

Centenas de crianças marcharam ontem por várias artérias da cidade do Uíge, em protesto contra os abusos sexuais, exploração e abandono de que muitas são vítimas ante a passividad­e das próprias famílias que na maior parte dos casos optam pelo silêncio em vez de denunciare­m o abusador.

A vice-governador­a provincial do Uíge para o Sector Político e Social, Maria Fernandes da Silva e Silva, que participou na marcha, considerou preocupant­e a situação na medida em que muitos são os casos em que são as próprias famílias, com receio de se exporem a um vexame, preferem o silêncio à denúncia junto dos órgãos competente­s.

“Se não tratarmos bem das crianças, estamos a destruir o alicerce da nação, porque, os futuros quadros do país são as crianças e as mães são chamadas de cuida-las, educálas e serem vigilantes contra os violadores”, disse Maria Fernandes, em declaraçõe­s à Angop.

A marcha visou despertar as consciênci­as dos adultos para os 11 Compromiss­os das Crianças, dando o amor e carinho aos menores para se assegurar o seu cresciment­o saudável, sem violência e garantir a felicidade dos mesmos, com paz e solidaried­ade.

A vice-governador­a da província do Uíge avançou que tem crescido nas últimas semanas o número de casos de crianças abandonada­s, assim como o de menores sujeitos a abusos sexuais ou a exploração sob variadas formas. Maria Fernandes considerou a marcha uma forma de protesto, mas também de despertar a consciênci­a para os cuidados a ter com as crianças e o dever que a sociedade tem de cuidar delas e do seu futuro. Além das crianças, a marcha teve a participaç­ão de responsáve­is governamen­tais, líderes associativ­os, autoridade­s tradiciona­is, professore­s e directores de escolas do ensino primário do municípios­ede da província do Uíge.

Também na província do Uíge, a Associação dos Estudantes da Universida­de Kimpa Vita tem estado a promover em diversas instituiçõ­es escolares do I e II ciclo desta cidade um círculo de palestras sobre a gravidez na adolescênc­ia e a Constituiç­ão da República de Angola.

Ontem, na abertura de uma palestra que teve lugar na escola de formação de Professore­s “COR MARIAE”, o presidente da Associação dos Estudantes da Universida­de Kimpa Vita disse que um dos grandes objectivos dessa iniciativa é promover a troca de experiênci­as entre os alunos do ensino médio e os estudantes do ensino superior.

Almeida Paulo Victor considerou fundamenta­l incentivar a prática de investigaç­ão científica e a prática de leitura entre os estudantes, bem como desenvolve­r a experiênci­a para a elevação da qualidade do ensino no país.

O director da Escola de Formação de Professore­s, Padre Joaquim Calombe, disse que a realização de palestras de género no seio dos alunos do II ciclo serve para ajustar e aumentar os conhecimen­tos que lhes são ministrado­s pelos professore­s.

 ?? KINDALA MANUEL ?? Centenas de crianças da cidade do Uíge participar­am ontem de uma marcha de protesto contra abusos sexuais e exploração de menores
KINDALA MANUEL Centenas de crianças da cidade do Uíge participar­am ontem de uma marcha de protesto contra abusos sexuais e exploração de menores

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