Mulheres aderem em massa ao planeamento familiar
Nas palestras jovens em idade fértil são aconselhadas a evitar gravidez indesejável
Um total de 1.574 mulheres em idade fértil aderiram, de Janeiro a Outubro, aos serviços de planeamento familiar, no centro materno-infantil do bairro 11 de Novembro, município de Mbanza Congo, revelou ontem o responsável do centro.
Paulo Bento explicou que os dados representam um aumento de 1.398 mulheres nos programas de planeamento familiar no período em balanço, comparativamente a igual fase de 2015.
“Nas consultas, as mulheres em idade fértil são orientadas para o uso de contraceptivos e pílulas nas relações sexuais, de modo a evitar gravidezes indesejáveis”, disse Paulo Bento, que acrescentou que os métodos mais recomendados são os de injecção, que impede a mulher conceber durante três meses, e os comprimidos, que são administrados por via oral.
O técnico explicou que o crescente interesse ao programa de planeamento familiar deve-se às acções de sensibilização sobre a saúde reprodutiva, promovidas pelas autoridades sanitárias de Mbanza Congo.
“A nossa mobilização é contínua. Por isso, as acções vão prosseguir para que se sensibilize e esclareçam mais mulheres sobre os riscos que correm em conceberem sem planear.” Paulo Bento destacou a importância do planeamento para as famílias e, sobretudo, para as estudantes, como forma de se evitar desequilíbrios durante a formação académica e profissional. “Agora, com a crise que o país enfrenta, temos que planear tudo, até o número de filhos”, sublinhou o responsável do centro materno-infantil.
Paulo Bento avançou que o número de consultas pré-natais tem aumentado. No centro materno-infantil, no período em análise, 4.065 gestantes aderiram ao programa, em Mbanza Congo. “As estatísticas de 2016 dão indicativo de que, entre Janeiro e Outubro do ano passado, houve um aumento considerável, uma vez que foram assistidas 3.454 mulheres nas referidas consultas pré-natais”.
Consultas pré-natais
O responsável do centro de saúde materno-infantil de Mbanza Congo destacou ainda o facto de, no total de assistidas, cerca de duas mil gestantes terem sido consultadas pela primeira vez.
“Estamos satisfeitos pelo facto de se notar entre as gestantes um crescente interesse em acorrerem às consultas pré-natais”, avança para adiantar que as gestantes devem sempre visitar o médico, para um melhor acompanhamento da evolução da gravidez e protegerem a sua própria vida e a do bebé.
O centro materno-infantil de Mbanza Congo tem 15 camas e conta com 23 técnicos, dois dos quais médicos pediatras.
Neste momento, a unidade presta serviços nas áreas de puericultura, nutrição, laboratório de análises clínicas, aconselhamento e testagem voluntária (CATV) e programa alargado de vacinação (PAV), segundo Paulo Bento.