Música motiva Hamilton antes da corrida
Lewis Hamilton diz o que muitos já sabem: pilotar na Fórmula 1 é o que ele faz melhor. Mas revela também que tem muito mais para dar do que ganhar corridas. E conta que, agora, não abdica de fazer tudo o que o realiza, pois quando chega à pista vence.
“Para mim, há muito mais do que apenas pilotar. Pilotar é o que eu faço melhor, mas não me completa no sentido em que tenho muito mais para dar”, assumiu o piloto inglês numa entrevista ao jornal britânico “City AM”, contando o que, de facto, o preenche: “Recebi a minha licença de mergulho no outro dia e quero tirar a licença de helicóptero. E a música é a minha maior onda. Eu gravo até às três da manhã na véspera de uma corrida e depois vou e ganho, e essa é a melhor sensação.”
Hamilton afirma que “o que dizem os comentadores não interessa: oh, ele está a viajar e em festas. Eu apareço e ganho. Não me venham dizer o que posso e não posso fazer. Eu defino quem eu sou, não sou definido pelo que as pessoas dizem. Posso estar em dez países diferentes numa semana, mas eu apareço na pista e arraso”, afirma.
Mas nem sempre foi assim. Foi preciso trocar a McLaren pela Mercedes: “Foi só então que comecei a decidir a minha própria vida. Quando vim para a F1, tinha as corridas e uma relação e nada mais a que realmente aspirasse. Não tinha tempo para os outros interesses que tinha a germinar, foram postos de lado. Agora, estou a recuperar o tempo perdido”, garante. “No presente, consigo dar cem por cento às corridas e ainda dar uma boa parte da minha energia às outras coisas. Adoro a criatividade, por isso vou a exibições de arte, de moda, adoro ir a concertos quando posso”, conta Hamilton, revelando que tem “música suficiente para vários álbuns.”
Quando a carreira na F1 terminar, o campeão do mundo em título já sabe o que fazer. E, pelo que conta, deverá ser na música, pelo gosto que declara e pela produção que espera uma legião de fãs, desta vez para o ouvirem. Mas nem a música deverá ser uma única opção, ao contrário da constância que vê no resto da grelha de partida.
“Pelo que me apercebo, os outros pilotos meus adversários apenas correm. Eu não quero ser apanhado nessa posição. Eu vou estar a fazer coisas, não se preocupem comigo. Estou a experimentar e a tentar aprender coisas novas, a crescer pessoalmente e a maximizar as oportunidades que tenho”, assume.