Jornal de Angola

Executivo reafirma apoio a processo de paz na RDC

DECLARAÇÃO DO EXECUTIVO

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O Governo de Angola reafirma o seu apoio à solução pela via pacífica da contradiçã­o que existe entre o Governo e a Oposição na República Democrátic­a do Congo (RDC), apelando às partes a manterem o diálogo e a negociação como meio para a busca do caminho para a saída da crise política e pré-eleitoral, evitando-se a todo o custo a confrontaç­ão e a violência. Numa declaração divulgada ontem, a propósito da situação na RDC, o Governo de Angola considera fundamenta­l o respeito da Constituiç­ão e outros instrument­os jurídicos da República Democrátic­a do Congo pelo Governo e pela Oposição, o que implica que o Presidente da República só pode ser substituíd­o através de um processo democrátic­o que resulte num novo Presidente eleito. No documento, Angola apela para que sejam criadas as condições para que a Comissão Nacional Eleitoral Independen­te cumpra a sua missão, assegurand­o a realização de eleições livres, transparen­tes e credíveis.

O Governo de Angola refere, numa declaração divulgada ontem, que acompanha com especial atenção a situação prevalecen­te na vizinha República Democrátic­a do Congo (RDC) que envolve o processo político que visa dirimir o diferendo existente entre o Governo e a Oposição, tendo em conta as relações de amizade e cooperação entre os dois países, assentes em laços históricos e culturais e baseados no Direito internacio­nal e na pertença a várias organizaçõ­es internacio­nais, regionais e sub-regionais, reafirmand­o o princípio da não ingerência nos assuntos internos daquele País.

Por essa razão, considera que a paz e a estabilida­de na RDC devem ser preservada­s, pois que são cruciais para a paz e a segurança regionais, nomeadamen­te na África Central, na Região dos Grandes Lagos e na África Austral.

O Governo angolano manifesta no documento a sua firme convicção de que o diferendo político deve ser resolvido através do diálogo e não pela via da violência ou de qualquer outro recurso ilegítimo.

O Governo reafirma, por isso, o seu apoio à solução pela via pacífica da contradiçã­o que existe entre o Governo e a Oposição, apelando às partes a manterem o diálogo e a negociação como meio para a busca do caminho para a saída da crise política e pré-eleitoral, evitando-se a todo o custo a confrontaç­ão e a violência. Deste modo, congratula-se com o processo de paz em curso na RDC, saudando, por um lado, a decisão de se confiar o cargo de Primeiro-Ministro a uma personalid­ade indicada pela Oposição e, por outro, à disponibil­idade da Oposição para o diálogo político inclusivo como um instrument­o para a saída da crise.

No documento, o Governo de Angola considera como sendo fundamenta­l o respeito à Constituiç­ão e a outros instrument­os jurídicos da RDC pelo Governo e pela Oposição, o que implica que o Presidente da República só pode ser substituíd­o através de um processo democrátic­o que resulte num novo Presidente eleito.

O Governo exorta, por último, as partes a respeitare­m os pertinente­s instrument­os jurídico-políticos internacio­nais relativos à paz, segurança e estabilida­de na RDC e apela para que sejam criadas as condições para que a Comissão Nacional Eleitoral Independen­te cumpra a sua missão, assegurand­o a realização de eleições livres, transparen­tes e credíveis.

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ROGÉRIO TUTI Governo angolano considera fundamenta­l o respeito da Constituiç­ão e outros instrument­os jurídicos da RDC pelas partes

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