Organização de produtores melhora escoamento de bens
O aumento dos níveis de comercialização e escoamento de produtos agrícolas depende, em grande parte, da melhoria do nível de organização e de funcionamento das associações e cooperativas agrícolas nas comunidades, por serem actores que intervêm directamente nas tarefas de desenvolvimento do sector agrário.
A afirmação é do director provincial da ADRA (Acção para o Desenvolvimento Rural e Ambiente) em Malanje, Fernando Santos, à margem do primeiro seminário sobre comercialização e escoamento de produtos agrícolas, associativismo e cooperativismo, promovido pela mesma instituição.
Fernando Santos acrescentou que, a par da organização, a divulgação constante das potencialidades agrícolas das comunidades é outro factor preponderante para a melhoria do fluxo de comercialização e escoamento dos produtos do campo para os centros de consumo e a consequente garantia do bemestar da população.
Encerrado ontem, o seminário discutiu matérias ligadas à importância do associativismo e do cooperativismo e fez uma reflexão em torno das suas implicações jurídicas, a comercialização e o escoamento dos produtos do campo e experiência dos mercados rurais da província do Uíge. O evento foi financiado pela empresa petrolífera Total e pelo governo provincial e contou com a participação de associações de camponeses e cooperativas agrícolas, representantes das direcções provinciais da Agricultura, Comércio, Família e Promoção da Mulher, Assistência e Reinserção Social e Justiça e Direitos Humanos, além de técnicos das estações de Desenvolvimento Agrário e parceiros.
Os preços dos produtos alimentares que compõem a cesta básica, nomeadamente o arroz, açúcar, a fuba de milho, massa e o óleo alimentar, registam uma contínua descida nos estabelecimentos comerciais da província, fruto das medidas de prevenção da especulação levada a cabo pelas autoridades locais.
O poder de compra por parte dos consumidores está paulatinamente a normalizar, comparativamente aos últimos meses em que os preços eram triplicados. O saco de arroz de 25 quilogramas vendido a 12 mil kwanzas, no mês passado, custa agora 6300 kwanzas, ao passo que o saco de fuba de milho de 25 quilogramas até então comercializado a 6300 kwanzas está a ser vendido hoje a 5800 kwanzas.
A caixa de massa tomate que, anteriormente, custava 4300 kwanzas registou uma redução de mil kwanzas, enquanto a caixa de óleo alimentar passou de 14 mil para 5800 kwanzas.