África quer industrialização inclusiva
O Secretário-Geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, declarou no sábado que as nações africanas precisam de abraçar políticas transformadoras para uma industrialização inclusiva e sustentável do continente.
Numa mensagem por ocasião do 20 de Novembro, Dia da Industrialização de África, Ban Ki-moon salientou que a meta é incentivar o crescimento do sector privado, facilitar as iniciativas empresariais, aumentar o investimento e gerar parcerias duradouras.
Ban Ki-moon disse que os investidores precisam de notar os benefícios de financiar programas, projectos, empresas e recursos humanos em África.
Para o líder da organização mundial, apesar da leve desaceleração após a baixa dos preços dos bens básicos, as condições de financiamento mais restritivas e secas em 2015, “África ainda está entre as regiões com o crescimento mais rápido no mundo.”
A outra característica africana é ser um continente jovem, com “uma média de idades abaixo de 20 anos”. Para atingir a Agenda 2063 da União Africana e “uma África próspera com base no crescimento inclusivo e do desenvolvimento sustentável”, Ban defende que se criem milhões de novos empregos de alta produtividade por ano na região. O Secretário-Geral considera que acelerar a industrialização e a expansão da capacidade produtiva e de valor é fundamental para sustentar um maior crescimento económico no continente.
A mensagem de Ban Ki-moon menciona o Objectivo nove da Agenda 2030 de Desenvolvimento Sustentável que destaca a indústria, a inovação e a infra-estrutura com foco na sustentabilidade e resiliência. O Secretário-Geral das Nações Unidas cita que pesquisas revelam que a produção e a indústria “não são somente as mais importantes fontes de emprego mas também têm um efeito multiplicador positivo.”
O secretário-geral da ONU sublinhou que todo o trabalho na indústria transformadora pode criar pelo menos milhares de postos de emprego noutros sectores.