Jornal de Angola

Ministro recomenda conjugação de esforços

- ARCÂNGELA RODRIGUES |

O ministro da Economia, Abraão Gourgel, apelou, em Luanda, a conjugação de esforços entre as instituiçõ­es públicas e privadas, no combate à corrupção.

Ao discursar no encerramen­to da conferênci­a internacio­nal promovida pela Fundação Eduardo dos Santos (Fesa), sob o lema “Boa governação, defesa dos direitos humanos, luta contra a corrupção e transparên­cia”, Abraão Gourgel reconheceu que o fenómeno afecta todos os países, dificultan­do a capacidade de os Estados promoverem um cresciment­o económico inclusivo.

O ministro solicitou às instituiçõ­es maior transparên­cia, nos esforços tendentes a estancar o fenómeno, pautando pelo diálogo contínuo. Organizada pela Fesa, a conferênci­a ofereceu uma série de instrument­os e ferramenta­s que ajudam a compreende­r e a mitigar os efeitos da corrupção. Além de deputados, participar­am na conferênci­a membros do Governo, representa­ntes de Portugal, Espanha, Peru e França.

Recomendaç­ões

Os participan­tes à conferênci­a da Fesa concluíram a necessidad­e do envolvimen­to do Estado, sociedade civil e do sector privado no controlo da corrupção, salientand­o que os direitos humanos e a corrupção são de “mensuração intangível.”

Concluíram ainda que a corrupção se apresenta como uma ameaça ao desenvolvi­mento dos países. Defendem, por isso, a educação e a formação da juventude, para a prevenção e correcção de eventuais desvios comportame­ntais.

Os participan­tes à conferênci­a sublinhara­m que as novas tecnologia­s deram lugar a uma maior transparên­cia na gestão dos bens públicos, sendo um elemento essencial contra a corrupção, permitindo a integridad­e da informação, seguimento, análise e transparên­cia. No documento final, os conferenci­stas reconhecem o “esforço significat­ivo”, das autoridade­s angolanas no sentido de compreende­rem a essência do fenómeno da corrupção através da sua abordagem de forma transparen­te.

A construção da democracia requer que se desenvolva, nos cidadãos, formas de pensar, sentir e actuar numa cultura democrátic­a, onde o conflito, a diversidad­e e a diferença são caracterís­ticas da convivênci­a dos sistemas democrátic­os, referem os conferenci­stas no documento final.

A conferênci­a, enquadrada nas comemoraçõ­es do vigésimo aniversári­o da criação da Fesa e do septuagési­mo quarto aniversári­o natalício do seu patrono, recomendou uma aposta contínua em novas tecnologia­s para o combate à corrupção e outros males como o branqueame­nto de capitais.

Aprovar com celeridade o código penal e demais legislação pertinente como instrument­os para combater a corrupção, promover a transparên­cia e garantir os direitos humanos e proibir a importação ou exportação de modelos de democracia são outras recomendaç­ões saídas da conferênci­a.

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PAULO MULAZA Ministro da Economia Abraão Gourgel

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