Jornal de Angola

Reembolsos do crédito acima dos 70 por cento

PROGRAMA ANGOLA INVESTE Financiame­nto ao sector produtivo impulsiono­u a execução de centenas de projectos

- KÁTIA RAMOS |

O presidente do conselho de administra­ção do Instituto Nacional de Pequenas e Médias Empresas (INAPEM), António de Assis, assegurou que o grau de cumpriment­o dos reembolsos dos empréstimo­s bancários concedidos no quadro do Programa Angola Investe ultrapassa os 70 por cento, de um total de 93.376 milhões de kwanzas concedidos ao sector produtivo desde 2012. Os investidor­es, entre agricultor­es e industriai­s agrupados em 362 projectos, já estão a devolver os 68.583 milhões de kwanzas aos bancos de Poupança e Crédito (BPC), Atlântico Millenium, de Comércio e Indústria (BCI), Internacio­nal de Crédito (BIC) e Totta, o que, para António de Assis, torna o programa funcional e permite a mais investidor­es aderir à iniciativa financeira, que visa relançar a produção e acelerar a diversific­ação da economia.

O grau de cumpriment­o para o reembolso de empréstimo­s bancários, no quadro do Angola Investe, ultrapassa os 70 por cento dos 93.376 milhões de kwanzas concedidos até ao momento ao sector produtivo desde 2012, altura em que o Executivo lançou o programa, revelou o presidente do Conselho de Administra­ção do Instituto Nacional de Pequenas e Médias Empresas (Inapem).

Os investidor­es, entre agricultor­es e industriai­s, agrupados em 362 projectos já estão a devolver os 68.583 milhões de kwanzas aos bancos de Poupança e Crédito (BPC), Atlântico Millenium, de Comércio e Indústria (BCI), Internacio­nal de Crédito (BIC) e Totta, o que, para António de Assis, torna o programa funcional e permite a mais investidor­es aderir à iniciativa financeira que visa relançar a produção e acelerar a diversific­ação da economia.

O presidente do Inapem precisou que o financiame­nto ao sector produtivo, com destaque para a agricultur­a, registou um ritmo de cresciment­o elevado, nos últimos anos, com a implementa­ção do Angola Investe. Até ao momento, o programa já financiou um total de 479 projectos, avaliados em 93.376 milhões de kwanzas.

O responsáve­l explicou que as demais instituiçõ­es financeira­s aprovaram alguns projectos, mas ainda não disponibil­izaram as respectiva­s verbas, alegando a tramitação burocrátic­a.

“Os técnicos estão a trabalhar para a redução da carga burocrátic­a na contrataçã­o de empréstimo­s e no custo de acesso ao financiame­nto da actividade empresaria­l produtiva”, referiu o PCA do Inapem.

O responsáve­l disse ainda que um dos empecilhos no acesso ao crédito está no facto de os bancos também estarem a trabalhar para preparar técnicos que dominem as tramitaçõe­s de um dossier de financiame­nto bancário agrícola ou industrial, para facilitar a situação.

“A ideia do Executivo é diversific­ar a economia, através do aumento da produção de bens ligados à indústria de materiais de construção, pesca, agricultur­a, pecuária, indústria transforma­dora e minas”, lembrou o gestor.

Os bancos comerciais aprovaram a iniciativa do Fundo de Garantias de Crédito, que aceitou 368 financiame­ntos de garantias públicas, no valor de 49.770 milhões de kwanzas. Neste momento, o programa Angola Investe aplica, a contar desde a sua criação, 112.813 milhões de kwanzas, sendo este o maior financiado­r de projectos no sector agrícola. O programa Angola Investe aposta também no financiame­nto de serviços como transporta­ção de mercadoria das cidades para o meio rural, oficinas de manutenção e reparação de equipament­os e indústria da paz, na hotelaria e turismo.

António de Assis garantiu que os bancos comerciais são os que investem no programa Angola Investe e o Estado angolano participa apenas com garantias, quando o banco considera o projecto viável, bonificand­o a taxa de juros, que é inferior à taxa geral. O Angola Investe tem, na sua base de dados, 12.462 empresas certificad­as do porte de pequenas e médias empresas. Mais de 71 mil empresário­s foram formados pelo programa em referência, dando-lhes bases de como começar o seu negócio e as formas de mantê-los.

Iniciativa­s

O programa Angola Investe congrega várias iniciativa­s, de que destacam financiame­ntos, os fundos Activo de Capital de Risco e de Garantias de Crédito, cooperativ­as e Feito em Angola

O Fundo de Garantias permite ao empresário solicitar financiame­nto com a garantia do Executivo de dez por cento. O “Feito em Angola” consiste em promover empresas

que produzem material típico de Angola, atribuindo-lhe uma marca que faça a comerciali­zação com destaque dentro e fora do país.

O programa comporta ainda benefícios fiscais, que compreende­m incentivos e benefícios às micros pequenas e médias empresas, bem como o programa de apoio ao pequeno negócio micro empreended­or que permite que os ambulantes do mercado informal estejam legalizado­s no mercado formal.

A par disso, os juros sobre o empréstimo são bonificado­s, sendo, por isso, mais confortáve­is doq ue as atribuidas pelos bancos comerciais. Os financiame­ntos atribuídos no quadro Angola Investe são ligeiramen­te inferiores e compensado­s pelo Ministério da Economia. O programa fomenta a criação de cooperativ­as, à luz da actual legislação.

 ?? ESTANISLAU COSTA ?? Programa Angola Investe aposta no financiame­nto de sectores que permitam a diversific­ação de fontes de receitas para alavancar a economia
ESTANISLAU COSTA Programa Angola Investe aposta no financiame­nto de sectores que permitam a diversific­ação de fontes de receitas para alavancar a economia

Newspapers in Portuguese

Newspapers from Angola