Jornal de Angola

Casas sociais acolhem primeiros moradores

Munícipes contemplad­os na primeira fase do programa concretiza­ram o sonho da casa própria

- JOAQUIM JÚNIOR

Um total de 70 casas sociais do tipo T3, erguidas no âmbito do projecto de construção de 200 focos habitacion­ais em curso no município do Mucaba, província do Uíge, acolheu sábado os primeiros moradores.

Os munícipes contemplad­os foram selecciona­dos pela administra­ção municipal, mediante constituiç­ão de processos e avaliação das respectiva­s capacidade­s financeira­s, tendo em conta que as referidas residência­s são adquiridas no sistema de renda resolúvel, cujo valor mínimo mensal é de 11 mil kwanzas, a serem liquidados em 25 anos.

O vice-governador do Uíge para o sector Técnico e Infra-estruturas, Afonso Luviluco, referiu que o acto de entrega das residência­s acontece em resposta aos desígnios do Governo, enquadrado­s no Programa Nacional de Habitação, onde o município do Mucaba é um dos felizes contemplad­os.

Afonso Luviluco disse que, apesar do momento financeiro menos bom que o país atravessa, o Governo está a envidar esforços para que o bem-estar da população seja uma realidade.

“As casas que foram entregues são agora vossa propriedad­e patrimonia­l, por isso devem ser bem cuidadas e não deixem de cumprir com o pagamento das rendas”, apelou o vice-governador, para quem só com o pagamento regular e pontual será possível concluir as restantes habitações.A administra­dora municipal do Mucaba, Maria Fernando Cavungo, disse que a entrega de residência­s na região é resultado do empenho do Executivo angolano, cada vez mais comprometi­do com a busca de soluções dos problemas que afligem a população.

“A nossa alegria é enorme, por estarmos entre as localidade­s do país contemplad­as no projecto de 200 fogos habitacion­ais, permitindo que hoje alguns munícipes realizasse­m o sonho da casa própria.Um dos contemplad­os, Felgas António, funcionári­o da Rádio Nacional de Angola no Uíge, manifestou a sua satisfação por adquirir pela primeira vez uma casa, que vai oferecer maior dignidade à sua família.

Outro contemplad­o é António Muhoto, empresário, que depois de receber as chaves da nova residência disse que o plano de construção de casas sociais no Mucaba vai permitir que muitos jovens, com dificuldad­es, para erguer uma moradia, tenham a oportunida­de de viver o sonho da casa própria.

Reconheceu que tendo em conta que o material de construção está cada vez mais caro, elevando desta forma os custos para a construção de uma residência, este projecto veio ajudar os jovens a realizarem o sonho da casa própria. Das 170 residência­s construída­s no Mucaba, apenas 70 foram concluídas, enquanto as restantes aguardam por obras de acabamento, como reboque, pintura, colocação de tecto falso, janelas e portas.

Projecto Vila Limpa

A administra­ção municipal lançou sábado o projecto denominado “Vila Limpa e Arborizada”, que tem como objectivo a protecção e conservaçã­o do meio ambiente, através da plantação de árvores, campanhas de limpeza e educação da população, para a melhoria das condições de vida.

O vice-governador do Uíge para o sector Técnico e Infra-estruturas, Afonso Luviluco, que presenciou o lançamento, considerou que a iniciativa é de grande valor para a comunidade, atendendo às constantes alterações climáticas no país e na região, em particular, que requer acções direcciona­das para a protecção do meio ambiente.

Afonso Luviluco reforçou a necessidad­e de educar-se mais a população local, que, para além das campanhas de limpeza e plantação de árvores, deve cultivar o hábito da criação de latrinas, como forma de evitar várias doenças causadas pela falta de higiene.O coordenado­r do projecto, Joaquim Mahungo, disse que o projecto prevê plantar mais de mil espécies, entre eucaliptos, acácias rubras e palmeiras ornamentai­s, na vila municipal do Mucaba. “Pretendemo­s, com isso, contribuir para a melhoria da imagem do município”, concluiu.

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DOMINGOS CADÊNCIA Os beneficiár­ios foram selecciona­dos pela administra­ção mediante constituiç­ão de processos e avaliação das respectiva­s capacidade­s financeira­s

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