Polícia previne criminalidade violenta
A Polícia Nacional está mais reforçada e em melhores condições para prevenir e combater a criminalidade violenta e devolver o sentimento de segurança à população, garantiu ontem, em Luanda, o director nacional da Ordem Pública, comissário-chefe Mário Santos.
Ao intervir na cerimónia de encerramento dos cursos de comandante de pequenas unidades e no de oficiais de distinção especial, que decorreram entre 9 de Agosto e 21 de Novembro, na Unidade Delta da PIR, no Kikuxi, em Luanda, Mário Santos disse que a necessidade de reforçar-se as condições de segurança da população, dos bens públicos e privados tem levado a alta hierarquia do Ministério do Interior a delinear estratégias no âmbito da formação, visando dotar os efectivos de conhecimentos em várias matérias que concorrem para a segurança e ordem pública.
As matérias, disse, estão relacionadas com comando, direcção, técnica e táctica modernas de aperfeiçoamento dos modelos de intervenção em situações de alto risco, com vista a enfrentar, com perspicácia e precisão, os promotores de crimes e neutralizá-los em quaisquer circunstâncias ou cenários.
Modernização
O comissário-chefe Mário Santos explicou que a crise económica que o país vive afectou o programa de modernização e desenvolvimento da Polícia Nacional, acrescentando que existem esforços para melhorar as instalações policiais e o seu apetrechamento em termos de meios de acomodação e tecno-operacionais. Para Mário Santos, a Polícia de Intervenção Rápida tem cumprido com zelo e dedicação todas as missões incumbidas superiormente e está preparada para trabalhar com outras forças no reforço da segurança onde ela exigir.
“Neste momento em que alguns cidadãos e organizações da sociedade recorrem a práticas de actos de arruaças e subversão da ordem pública, a pretexto de manifestarem descontentamento sobre o momento em que o país atravessa, violando as normas e procedimentos legais, a Polícia Nacional, em particular a sua força especial, é chamada a intervir para a manutenção e restabelecimento da ordem e tranquilidade públicas”, frisou.
O comissário-chefe Mário Santos enalteceu o esforço dos formadores cubanos pela forma como têm transmitido os conhecimentos e sublinhou os laços de amizade e de cooperação que caracterizam a boa relação existente entre os ministérios do Interior de Angola e de Cuba.
A acção de formação teve a participação de 68 efectivos na especialidade de comandante de pequenas unidades e 44 no curso de oficiais de distinção especial.
Os formandos adquiriram conhecimentos em matérias relacionadas com preparação física, ordem unida, continências e honras militares, mando, psicopedagogia, disposição combativa, táctica de distinção, equipamento, armamento e tiro e criminalística.
O curso permitiu elevar os níveis de conhecimento em matérias sobre direcção e comando de forças, bem como na uniformização dos procedimentos técnicos e tácticos em todos os níveis, elevando a qualidade dos serviços policiais e da prontidão combativa, segundo o director do curso, inspector Sérgio Figueiredo.
Joaquim Pedro, André Chicomba, Francisco Tómas, Adriano Pedro, Adolfo Pedro, Júlia da Silva, Anatonel Rosário, Vlademir Castro, Tómas Caílo e Isalino Domigos receberam de forma simbólica os certificadores de participação no curso.
O subinspector Mateus Cristóvão, do Comando da Polícia de Intervenção Rápida em Malanje, disse que o curso representa uma mais-valia para a sua carreira e prometeu colocar em prática todos os conhecimentos adquiridos. Valdemir Silva, da Polícia de Intervenção Rápida em Luanda, frisou que o curso vai contribuir para a elevação dos níveis de prontidão combativa dos efectivos, uma vez que os conhecimentos adquiridos vão permitir trabalhar com maior responsabilidade na segurança dos cidadãos.
Para o professor André Domingos, agente da Polícia de Intervenção Rápida, os conhecimentos transmitidos aos alunos vão permitir que estejam melhor preparados para enfrentarem os desafios do presente e do futuro como é o caso das futuras eleições.
Estiveram presentes no encerramento o comandante da Polícia de Intervenção Rápida, comissário Alfredo Quintino “Nilo”, o comandante da Polícia de Guarda Fronteira, comissário-chefe António Pedro Kandela, o representante da missão cubana em Angola, Jorge Marra, e membros do Conselho Consultivo da Polícia de Intervenção Rápida.