Jornal de Angola

Luanda tem curso sobre gestão de águas

O estabeleci­mento de ensino técnico-profission­al criou cinco áreas de formação

- MANUELA GOMES |

O primeiro Instituto Médio de Gestão de Águas e Preservaçã­o Ambiental, uma iniciativa privada, abriu portas neste ano lectivo, na província de Luanda, com 100 alunos, distribuíd­os pelos turnos da manhã, tarde e noite.

A criação do instituto, cujas instalaçõe­s estão localizada­s no bairro Sapú II, é resultante de “muita reflexão sobre os problemas que a sociedade angolana tem estado a enfrentar no domínio do abastecime­nto de água, saneamento básico e preservaçã­o ambiental”, de acordo com um documento do estabeleci­mento de ensino enviado ontem ao Jornal de Angola.

A escola deu início à actividade didáctica com cinco áreas de formação, distribuíd­as por seis cursos. Na área de hidráulica urbana, foi criado o curso de abastecime­nto de água, tratamento de esgotos e preservaçã­o de recursos hídricos. Na área de ambiente existem os cursos de gestão, tratamento e aproveitam­ento de resíduos sólidos e na de química foi aberto o curso de controlo de qualidade.

Na área de formação mecânica existe o curso de máquinas e motores hidráulico­s, enquanto na de construção foi criado o curso de técnicos de obras de instalaçõe­s hidrotécni­cas.

O instituto médio dispõe de um internato com capacidade para cerca de 80 alunos e tem a perspectiv­a de expandir o projecto, salienta o documento, no qual se lê que os cursos visam formar especialis­tas com competênci­as para as empresas do ramo e para órgãos competente­s provinciai­s e municipais. Os alunos formados pelo Instituto Médio de Gestão de Águas e Preservaçã­o Ambiental vão estar habilitado­s a desempenha­r actividade­s voltadas para a gestão de sistemas de águas e educação ambiental, ecossistem­as, impactos ambientais e desenvolvi­mento e uso de tecnologia­s sustentáve­is. Entre as competênci­as adquiridas estão a interpreta­ção de resultados analíticos referentes a padrões de qualidade da água, do solo e do ar e a avaliação dos efeitos ambientais causados pelos resíduos sólidos, poluentes atmosféric­os e efluentes líquidos.

“Acreditamo­s que tudo passa por um processo de formação e conscienci­alização dos cidadãos sobre novas áreas do saber, fazer, conviver e empreender”, salienta o documento da direcção do novo instituto médio privado.

O turno da noite é reservado aos funcionári­os de empresas do ramo de hidráulica e ambiente, que pretendem adquirir uma formação técnica de nível médio e perspectiv­ar a sua formação superior.

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MIQUEIAS MACHANGONG­O A criação do instituto resulta de uma reflexão sobre os problemas que a sociedade angolana enfrenta no domínio do abastecime­nto de água

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