Tribunal condena os autores da morte de oficial da Polícia
O Tribunal Provincial do Huambo condenou na quinta-feira, a uma pena máxima de 24 anos de prisão, os principais responsáveis pelas mortes do comandante comunal da Polícia Nacional na Chilata, inspector Dias Domingos Luciano, e do cidadão Celestino Cussetukula.
Os condenados, com idades entre os 33 e os 46 anos, foram considerados culpados pelos incidentes ocorridos no dia 8 de Janeiro deste ano, na sede da comuna de Chilata, tendo causado a morte, por espancamento, dos dois cidadãos atrás referidos.
As mortes ocorreram essencialmente por agressões com arma de fogo e branca, motivadas, inicialmente, pelo desentendimento entre o cidadão falecido e os acusados, o que motivou o comandante, na qualidade de agente da ordem, a intervir para apaziguar, não tendo sido também poupado.
Na sentença, cujo julgamento foi orientado pelo juiz presidente do Tribunal Provincial do Huambo, Victor Assuílo, os réus Lázaro Sakupecho Lumungo, Abílio Pena e Fernando Sebastião Kachinungo foram condenados a uma pena de 24 anos de prisão maior e a um ano e cinco meses de multa. Por seu turno, o réu Adriano Jorge Bancholo, considerado autor moral do crime, foi condenado a uma pena de 20 anos de prisão e a um ano de multa.
O tribunal condenou ainda Gervásio Manuel Kanjolo a uma pena de dois anos de prisão e a três anos de multa. Todos os réus foram ainda condenados a indemnizar solidariamente David Félix, Gabriel Mário e José Segunda, vítimas de ofensas corporais, no montante de 100 mil kwanzas para cada um. Deverão igualmente indemnizar os familiares dos falecidos no montante de dois milhões e 545 mil kwanzas.
Justo Sassoma, um dos familiares do então comandante da Polícia Nacional na comuna da Chilata, considera que a justiça foi bem feita, apesar de ser um pai que deixa filhos e viúva. O julgamento decorreu na vila do Longonjo, a 64 quilómetros da cidade do Huambo.
O Tribunal Provincial do Huambo julgados de Julho a Setembro deste ano, 2.196 processos crimes diversos. Os dados foram avançados em Outubro e apontam, como processos mais frequentes, os conflitos de natureza patrimonial, pequenos e grandes furtos, violações de menores, homicídios passionais e por rixas de situações alcoólicas e crimes resultantes de acusação de feitiçaria.