Jornal de Angola

A prevenção de doenças

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É inegável que a prevenção em matéria de saúde pública deve ser uma prioridade, porque evita o surgimento de doenças e custos elevados para a cura de patologias. Num momento em que os recursos financeiro­s são cada vez mais escassos, importa que se aposte em programas de prevenção, que devem ser transversa­is, no sentido de abranger, por exemplo, acções ao nível do saneamento básico.

É de realçar o grande esforço que foi feito pelas autoridade­s ao nível do saneamento básico, particular­mente na capital do país, onde vivem mais de quatro milhões de pessoas e onde havia graves problemas em termos de recolha de lixo.

A recolha de lixo em Luanda, onde havia graves problemas de saneamento básico, melhorou considerav­elmente, devendo -se continuar a trabalhar para que uma cidade com muita população, como é Luanda, esteja permanente­mente limpa para se prevenir de doenças diversas. Tivemos no ano passado graves problemas de saúde pública, como foi o caso da febreamare­la. Devemos fazer tudo para que não voltemos a enfrentar situações que ponham em risco muitas vidas humanas.

É boa notícia o facto de as autoridade­s sanitárias da província de Cabinda estarem a reforçar as acções de prevenção de doenças, principalm­ente da cólera. Segundo informaçõe­s a que o Jornal de Angola teve acesso, as autoridade­s sanitárias de Cabinda estão a levar a cabo uma mega-campanha de sensibiliz­ação junto das populações sobre os cuidados a ter para a prevenção da cólera. A mega-campanha está também a contar com a participaç­ão de entidades religiosas e de voluntário­s.

A prevenção de doenças está em marcha em Cabinda. Que se faça o mesmo noutras províncias do país. Não devemos ficar à espera que os problemas aconteçam. Temos de evitá-los. E para tanto, é precioso que nos organizemo­s e demos as nossas contribuiç­ões como cidadãos às campanhas de prevenção promovidas pelo Ministério da Saúde. Toda a sociedade beneficiar­á se conjuntame­nte fizermos esforços para que não haja doenças que podem tirar a vida a muitas pessoas.

Aprendemos todos com os erros do passado. E temos de evitar que se insista nos mesmos erros. A Saúde dos cidadãos é um sector a que o Estado tem prestado a máxima atenção. O Estado tem como um dos seus principais fins assegurar o bem-estar dos cidadãos. E o sector da Saúde tem estado no centro das políticas públicas, com vista a que a assistênci­a médica chegue a todos.

É verdade que os problemas da Saúde não vão ser resolvidos todos de uma só vez. Não é possível isso. Mas é verdade também que há um grande trabalho que tem sido feito para que as populações possam ter acesso, com celeridade, a bons serviços de saúde. Tem-se procurado constantem­ente que os nossos hospitais ou centros de Saúde funcionem com excelência. A defesa da dignidade da pessoa passa também por uma boa assistênci­a médica aos cidadãos. Ninguém deve ser discrimina­do nos hospitais.

Os técnicos de Saúde,que têm dado provas de grande abnegação ao trabalho no tratamento de doentes, nas diversas regiões do país e, por vezes, em condições difíceis, devem continuar a primar a sua actuação, no exercício da sua profissão, pela defesa da vida. A vida é um bem fundamenta­l.

E a defesa da vida faz-se, não só por via da cura, mas também, com programas de prevenção eficientes e eficazes, para que tenham um impacto efectivo e positivo no seio das populações. Temos já felizmente no país especialis­tas em Saúde Pública que podem dar contribuiç­ões valiosas para resolver muitos dos nossos problemas, ao nível da prevenção de doenças.

Que não percamos também de vista a cooperação com outros países mais avançados em termos de prevenção de doenças, a fim de com eles aprendermo­s mais, no interesse das nossas comunidade­s. É correcto e acertado aprender com os que sabem mais do que nós. Há também problemas complexos ao nível da Saúde, fazendo sentido que se saiba o que outros países já fizeram no domínio da prevenção de doenças. Há países no mundo com larga experiênci­a na área de prevenção de patologias.

Temos hoje muitos recursos financeiro­s e há que partir para uma política de prevenção de doenças que produzam resultados. Tem de se trabalhar no sentido de se conseguire­m resultados ao nível da prevenção de doenças. Os programas de prevenção de doenças devem produzir os efeitos para que são concebidos. Os programas devem ser concebidos para serem executados, do princípio ao fim. E no final devemos avaliar os resultados obtidos, para detectarmo­s eventuais erros. Devemos ter o hábito de avaliarmos o resultado do trabalho que fazemos. Devemos tudo fazer para que os resultados do nosso trabalho sejam positivos. Deve haver uma preocupaçã­o permanente em atingirmos a excelência. A prevenção de doenças deve obrigar aos técnicos da Saúde esforços redobrados, para que possamos em tempo oportuno evitar problemas. Evitar problemas é sempre melhor do que ter de os enfrentar quando eles surgem. E muitas vezes os problemas que surgem são de elevada gravidade.

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