Tecnologias levam milhões ao desemprego
A crescente automatização e as necessidades cada vez menores de trabalhadores humanos fora de certas funções específicas ameaçam o paradigma da sociedade actual.
A Universidade de Oxford está convicta de que o mercado laboral vai sofrer uma mudança histórica nas próximas duas décadas e meia. Um estudo divulgado recentemente mostra que 47 por cento dos trabalhos que existem actualmente devem desaparecer no espaço de 25 anos, fruto de uma revolução tecnológica com consequências sociais potencialmente devastadoras.
Um dos principais investigadores da “Wharton School of Business”, da Universidade da Pennsylvania, nos Estados Unidos, concorda com o relatório de “Oxford” e segundo o “Big Think”, lança sérios avisos. “Nenhum governo está preparado” para a mudança de paradigma e os respectivos efeitos no desemprego, que se tornará estrutural.
O investigador norte-americano Art Bilger prevê taxas de desemprego a rondar os 30 por cento em todos os países desenvolvidos. E não são só os sectores tradicionalmente tecnológicos que vão sofrer. Contabilistas, médicos, advogados e até professores não estão a salvo, pois, segundo o investigador norteamericano, “os computadores serão capazes de analisar e comparar grandes conjuntos de dados”, tomando mais decisões correctas e eliminando a margem de erro.