Missão é contrariar favoritismo tunisino
Cerca de um ano depois da derrota por 21-23 (com vantagem de três golos, ao intervalo), em partida a contar para o CAN'2016, Angola volta a defrontar a Tunísia, amanhã as 14h00, na Arena de Metz, na derradeira jornada da fase preliminar do Campeonato do Mundo, que a França acolhe, até ao próximo dia 30.
Num cenário diferente, com quase todos os protagonistas do último jogo presentes, a Tunísia continua a ser favorita, mas Angola, como sempre, tem uma palavra a dizer e pode perfeitamente chegar à vitória. A 26 de Janeiro de 2016, no Cairo, após excelente campanha na primeira fase do CAN, os comandados de Filipe Cruz tiveram uma primeira parte quase perfeita.
Defensivamente, a coordenação entre o bloco e o guarda - redes reduziu a eficácia do ataque tunisino, permitindo chegar ao descanso com a invejável média de apenas um golo sofrido em cada três minutos (13-10). No ataque, os angolanos mantiveram um impecável rigor táctico que deu lugar à alta taxa de eficácia, até ao derradeiro quarto de hora e, por via disso, não deram grandes oportunidades de contra - ataque aos tunisinos.
Daí para cá, os andebolistas nacionais disputaram apenas o Campeonato Nacional, durante uma dúzia de dias (de 15 a 26 de Junho), a Taça de Angola e o Campeonato Provincial de Luanda. O combinado nacional voltou às grandes competições, quase um ano depois, enquanto os oponentes, a par da elevada qualidade das provas, na zona árabe, prepararam-se a preceito.
Embora este cenário se desfaça, em absoluto, quando as equipas entram em campo, o relativo favoritismo da Tunísia assenta, sobretudo, na regularidade com que aprimora a sua qualidade competitiva, mantendo rigorosa rotina de jogos internacionais a mais alto nível.
Após as três primeiras partidas, os tunisinos conseguiram um ponto, fruto do empate a 22 golos, diante da Islândia. As derrotas, frente a Macedónia (30-34) e a Espanha (21-26), revelaram uma equipa coesa, com a optimização das rotinas de jogo a permitir equilibrar as acções, por largo tempo, diante das formações europeias. O técnico Hafed Zouabi tem à disposição executantes de eleição, como o pivô Tej Issam (ausente do CAN'2016) e o ponta Oussama Boughanmi.
Ambas selecções registam baixa eficácia nos remates de primeira linha nesta prova. No entanto, a Tunísia está claramente acima de Angola, na finalização dos seis metros, nas pontas e nos contra-ataques. Já avisado de todos estes pontos fortes, o sete nacional está obrigado a manter o rigor táctico, no ataque, e rematar apenas em zonas de eficácia para não proporcionar oportunidades de contra - ataque ao oponente.