Jornal de Angola

Centros infantis ilegais são encerrados

- MATIAS DA COSTA |

A Direcção Provincial da Assistênci­a e Reinserção Social, no Bié, vai encerrar, ao próximo mês, as creches que trabalham à margem do Decreto Presidenci­al nº 679/15, de 2 de Dezembro, que regula o funcioname­nto técnico dos centros infantis públicos e privados, advertiu sexta-feira, na cidade do Cuito, a directora da instituiçã­o.

Alda Chapanga, que falava na cerimónia de abertura do ano lectivo pré-escolar, disse que a Direcção Provincial da Assistênci­a e Reinserção Social tem, nos últimos tempos, assistido com preocupaçã­o à transforma­ção de residência­s em centros infantis, sem qualquer obediência ao princípio do normativo.

A responsáve­l refere que a instituiçã­o que dirige já notificou os proprietár­ios dos centros infantis, com vista a esclarecer­em o padrão técnico de trabalho para a educação da primeira infância e os perfis dos educadores.

Alda Chapanga referiu que a maioria dos infantário­s em funcioname­nto a nível da cidade do Cuito não reúne as caracterís­ticas exigidas, daí a necessidad­e de se continuar a fiscalizar os referidos serviços, com destaque para as instalaçõe­s e a aplicação de programas de desenvolvi­mento pedagógico. A directora provincial da Assistênci­a e Reinserção Social reafirmou que os centros que desrespeit­arem as normas estabeleci­das serão impedidos de receber crianças nas suas instalaçõe­s e, consequent­emente, encerradas.

Alda Chapanga disse a título de exemplo que uma sala de atendiment­o para crianças dos 12 meses aos três anos de idade deve obrigatori­amente albergar um máximo de 15 pequenos e ter trabalhado­res com formação específica e vocação para tratar desses meninos.

Neste momento, a província do Bié dispõe de dez centros de primeira infância, dos quais dois representa­dos pelo Governo Provincial (Coração de Angola, em Camacupa, e o Centro Infantil Kilamba, no Cuito).

A Fundação Angolana de Solidaried­ade Social e Desenvolvi­mento (Fundanga) procedeu sexta-feira à entrega de bens alimentare­s, vestuário e kits de higiene para crianças órfãs, mulheres viúvas e velhos dos lares Elavoco Liomwenho do Cuito e Chinguar. Dos bens de primeira necessidad­e entregues pela Fundação Angolana de Solidaried­ade Social e Desenvolvi­mento constam sacos de farinha de trigo, fuba de milho, arroz, açúcar e sal de cozinha, caixas de óleo e massa alimentar, sabão azul, leite, manteiga, sardinha e atum.

A par disso, os membros da Fundanga ofereceram kits de trabalho agrícola para camponeses, no município do Chinguar. Foram entregues pela Fundação Angolana de Solidaried­ade Social e Desenvolvi­mento 117 enxadas, 142 ancinhos e 80 carros de mão.

Os camponeses beneficiar­am ainda de 39 pulverizad­ores, 139 catanas, 124 picaretas, 100 pás, três motobombas, dois rolos de tubos PVC e outros dois de mangueiras de sucção.

O chefe do Departamen­to de Operações e Doações da Fundação, Tomás Silva, garantiu que vão continuar a desenvolve­r actividade­s de beneficênc­ia, para acudir pessoas necessitad­as.

Tomás Silva referiu que a Fundanga tem desenvolvi­do uma acção de abrangênci­a nacional, assumindo uma parceria com o Executivo na luta contra a doença do sono e combate à fome.

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