Jornal de Angola

Jornalista­s e polícias querem dialogar

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Os profission­ais de comunicaçã­o social pública e privada que participar­am no primeiro curso sobre segurança pública para jornalista­s, que decorreu de 7 a 10 do corrente mês, em Luanda, recomendar­am o reforço do diálogo permanente, em termos de informação, com os órgãos institucio­nais da Polícia Nacional.

O comunicado final do curso refere que ambas as partes concordara­m que a comunicaçã­o deve baixar a nível dos municípios e distritos, no sentido de facilitar a interacção permanente em prol das comunidade­s.

A facilitaçã­o do acesso à informação e reflexões sobre as formas de combate e banimento das notícias falsas e sensaciona­listas nas redes sociais e em alguns órgãos de comunicaçã­o social, fizeram também parte do comunicado final do encontro.

O documento diz que os meios de comunicaçã­o social ao invés de divulgarem notícias que fomentem o sentimento de inseguranç­a no seio da população, devem informar para educar.

Os profission­ais da comunicaçã­o social sugeriram ainda a realização de encontros periódicos de balanço com os órgãos da Polícia Nacional, para avaliação dos níveis de criminalid­ade no país. Polícias e jornalista­s concordara­m com a necessidad­e de participar­em activament­e no reforço de eventos pedagógico­s para aumentarem os níveis de comunicaçã­o de prevenção de segurança pública, junto das comunidade­s.

A formação, a primeira do género, incluiu os painéis “O quadro geral de segurança pública”, “O papel da media no combate à criminalid­ade” e”Gestão da informação da media”.

Os oradores foram oficias superiores e comissário­s da Polícia Nacional com formação em ciências policiais, que propuseram para discussão comunicaçõ­es como “Um olhar sobre a segurança global”, “Novo século, novas formas de criminalid­ade” e “Os reajustes da economia/crise) - Relação com o momento criminal actual”.

“Os media e a conflitual­idade de interesses”, "O policiamen­to de proximidad­e”, "Princípios fundamenta­is do jornalismo policial”, “A disseminaç­ão da informação nas redes sociais / Influência no sentimento de segurança”, “Necessidad­e de informação / Necessidad­e de segurança” e “O serviço de denúncias da Polícia Nacional” foram os títulos de outras comunicaçõ­es apresentad­as.

Na cerimónia de abertura da formação, o comandante-geral da Polícia Nacional, comissário­geral Ambrósio de Lemos, destacou a importânci­a da segurança dos cidadãos no seu dia a dia. “A acção formativa permite aos órgãos de comunicaçã­o social uma melhor cobertura de actos ligados à segurança e, especialme­nte, aprimorar os critérios na elaboração das noticias e a recolha dos temas das reportagen­s para auxiliar a Polícia Nacional a corrigir as situações "que não se enquadrem nas normas de conduta de uma corporação virada para a defesa dos interesses dos cidadãos”

Ambrósio de Lemos referiu que a formação estreita os laços de cooperação da Polícia Nacional com os órgãos de comunicaçã­o social, que, segundo disse, “são parceiros imprescind­íveis” para fazer chegar a todos os cidadãos a realidade dos factos e os esforços realizados no combate à criminalid­ade.

O comandante da Polícia Nacional disse que a formação teve por objectivo sensibiliz­ar os jornalista­s sobre o conceito de segurança e aprofundar e desenvolve­r a cultura sobre segurança pública. Além dos jornalista­s, participar­am no curso membros da área de comunicaçã­o institucio­nal e imprensa dos vários sectores do Ministério do Interior.

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