Euclides da Lomba autografa “País que venero”
Em declarações ao
no acto de apresentação do seu terceiro disco “País que venero”, na Praça da Independência, e que hoje apresenta numa sessão de venda e autógrafos, na Centralidade do Kilamba, Euclides da Lomba recordou, que o país viveu “um percurso difícil” desde a independência, a 11 de Novembro de 1975.
Felizmente, recordou, as guerras e desentendimento entre irmãos, terminou num acordo de reconciliação e paz que permite a todos os angolanos sonhar com uma Angola, próspera e unida “em que todos se possam rever”.
Por esse motivo, o autor do sucesso “Livre serás”, pede um pouco mais de compreensão e paciência, principalmente a juventude, por acreditar que doravante, o país possa caminhar de “pés firme”, na consolidação da sua democracia, permitindo, criar melhor condições para os angolanos. “Vejo muita gente a reclamar, mas que pouco ou nada fazem para o desenvolvimento desta grande nação”.
Grato por merecer ao longo desses anos de carreira o carinho e admiração dos fãs, Euclides da Lomba disse que procurou explorar no disco temas que apelam a união e o resgate do amor ao próximo, para criaremos um país inclusivo e sem descriminação.
Como académico e pelas suas responsabilidades sociais, Euclides da Lomba explicou que em função do actual estado em que o país se encontra, tinha a necessidade de colocar no mercado um disco que pudesse transmitir mensagens de paz, amor ao próximo, um disco com muitos conteúdos pedagógico, enaltecendo os aspectos positivos alcançado pelo país.
Euclides da Lomba apresenta os temas do seu mais recente disco intitulado “País que venero” na terça e quarta-feira, em dois espectáculos, a partir das 21h00, na Casa 70, em Luanda, alusivos ao Dia dos Namorados.
Os espectáculos do Dia dos Namorados vão ter o acompanhamento musical da Banda Maravilha e, como convidado, o músico Carlos Baptista. Simples na sua forma de estar na vida, Euclides da Lomba, desde que atingiu o auge da carreira, já teve a oportunidade de realizar mais de dez espectáculos na Casa 70 e actuar em mais de 280 eventos entre espectáculos e casamentos sem cobrar qualquer valor.
A relação de cumplicidade que normalmente tende a existir entre o músico e compositor e os fãs deixa amimado Euclides da Lomba, por acreditar em duas noites de concerto bem sucedidas.
Quem se deslocar à Casa 70, garante, Euclides da Lomba, vai poder recordar os seus melhores e grandes sucessos, com temas dos três discos anteriores, nomeadamente “Livre serás”, “Desejo malandro” e “Recado num semba”.
O músico vai intercalar os sucessos como “Livre serás”, “Caso de amor e ternura”, “Angústia fatal”, “Tchutcha”, “Parandeira”, “Jeito atrevido”, “Mil motivos”, “Desejo malandro”, “Recado dum semba”, “Quem me ama”, “Quepena nosso amor” e “Tulongissa”, com os temas do novo disco.
O disco, disse, também vai ser apresentado na província de Cabinda, sua terra natal.
A capital do país foi escolhida para o primeiro lançamento por ser o maior mercado musical e onde se realizam as grandes manifestações artísticas e culturais.
O consagrado músico e secretário provincial da cultura em Cabinda, Euclides Barros da Lomba “Euclides da Lomba” como é conhecido pelos fãs e amantes da boa música, tem novo trabalho discográfico, dez temas musicais como: “Amor de uma gandaia”, “Doce liberdade”, “Mys Dias”, “Nha sonho”, “Me quedes com ganas”, “Tudo que passou”, “Conversando com Deus”, “Como a gente se amou”, “Tua chance” e “1947”, esse último tema dedicado à matriarca da sua família e a todos emigrantes contratados das ilhas de Cabo Verde. A canção que nunca conseguiu gravar, agora em disco, retrata a história da mãe que chegou de Cabo Verde e, com apenas 15 anos, assinou um contrato, ganhando a vida no “trabalho escravo”.
Repasso alguns estratos da letra: “Em 1947, os barcos partiram para alem mar/na bagagens das gente só tinham uma esperança para a vida melhor/ para traz a terra que vida não tinha a fome a espreita em todas esquinas/ no chão a poeira consome o suor/ nas mãos enxada para ganhar o pão...”, assim cantou Euclides da Lomba no tema “1947”.
Nascido a 18 de Fevereiro de 1966, na província de Cabinda, Euclides da Lomba frequentou os estudos primários antes de beneficiar de uma bolsa de estudo para a República de Cuba, onde concluiu, com sucesso, o ensino secundário na “ESBEC 41 Saydi Mingas” e Pré-Universitário na “IPUEC 42 Agostinho Neto”.
Iniciou-se na música como trovador em 1984, em Cuba, tendo mais tarde integrado o agrupamento musical “Estrela de Angola”, na Ilha da Juventude, onde participou e venceu vários festivais.
Licenciou-se em Educação Musical pelo Instituto Superior Pedagógico “Enrique José Varona”, de Havana (Cuba). Concluídos os seus estudos, regressa à terra natal, optando pela docência no Instituto Médio Normal de Educação (IMNE) e no PUNIV de Cabinda.