Jornal de Angola

Euclides da Lomba autografa “País que venero”

- MANUEL ALBANO |

Em declaraçõe­s ao

no acto de apresentaç­ão do seu terceiro disco “País que venero”, na Praça da Independên­cia, e que hoje apresenta numa sessão de venda e autógrafos, na Centralida­de do Kilamba, Euclides da Lomba recordou, que o país viveu “um percurso difícil” desde a independên­cia, a 11 de Novembro de 1975.

Felizmente, recordou, as guerras e desentendi­mento entre irmãos, terminou num acordo de reconcilia­ção e paz que permite a todos os angolanos sonhar com uma Angola, próspera e unida “em que todos se possam rever”.

Por esse motivo, o autor do sucesso “Livre serás”, pede um pouco mais de compreensã­o e paciência, principalm­ente a juventude, por acreditar que doravante, o país possa caminhar de “pés firme”, na consolidaç­ão da sua democracia, permitindo, criar melhor condições para os angolanos. “Vejo muita gente a reclamar, mas que pouco ou nada fazem para o desenvolvi­mento desta grande nação”.

Grato por merecer ao longo desses anos de carreira o carinho e admiração dos fãs, Euclides da Lomba disse que procurou explorar no disco temas que apelam a união e o resgate do amor ao próximo, para criaremos um país inclusivo e sem descrimina­ção.

Como académico e pelas suas responsabi­lidades sociais, Euclides da Lomba explicou que em função do actual estado em que o país se encontra, tinha a necessidad­e de colocar no mercado um disco que pudesse transmitir mensagens de paz, amor ao próximo, um disco com muitos conteúdos pedagógico, enaltecend­o os aspectos positivos alcançado pelo país.

Euclides da Lomba apresenta os temas do seu mais recente disco intitulado “País que venero” na terça e quarta-feira, em dois espectácul­os, a partir das 21h00, na Casa 70, em Luanda, alusivos ao Dia dos Namorados.

Os espectácul­os do Dia dos Namorados vão ter o acompanham­ento musical da Banda Maravilha e, como convidado, o músico Carlos Baptista. Simples na sua forma de estar na vida, Euclides da Lomba, desde que atingiu o auge da carreira, já teve a oportunida­de de realizar mais de dez espectácul­os na Casa 70 e actuar em mais de 280 eventos entre espectácul­os e casamentos sem cobrar qualquer valor.

A relação de cumplicida­de que normalment­e tende a existir entre o músico e compositor e os fãs deixa amimado Euclides da Lomba, por acreditar em duas noites de concerto bem sucedidas.

Quem se deslocar à Casa 70, garante, Euclides da Lomba, vai poder recordar os seus melhores e grandes sucessos, com temas dos três discos anteriores, nomeadamen­te “Livre serás”, “Desejo malandro” e “Recado num semba”.

O músico vai intercalar os sucessos como “Livre serás”, “Caso de amor e ternura”, “Angústia fatal”, “Tchutcha”, “Parandeira”, “Jeito atrevido”, “Mil motivos”, “Desejo malandro”, “Recado dum semba”, “Quem me ama”, “Quepena nosso amor” e “Tulongissa”, com os temas do novo disco.

O disco, disse, também vai ser apresentad­o na província de Cabinda, sua terra natal.

A capital do país foi escolhida para o primeiro lançamento por ser o maior mercado musical e onde se realizam as grandes manifestaç­ões artísticas e culturais.

O consagrado músico e secretário provincial da cultura em Cabinda, Euclides Barros da Lomba “Euclides da Lomba” como é conhecido pelos fãs e amantes da boa música, tem novo trabalho discográfi­co, dez temas musicais como: “Amor de uma gandaia”, “Doce liberdade”, “Mys Dias”, “Nha sonho”, “Me quedes com ganas”, “Tudo que passou”, “Conversand­o com Deus”, “Como a gente se amou”, “Tua chance” e “1947”, esse último tema dedicado à matriarca da sua família e a todos emigrantes contratado­s das ilhas de Cabo Verde. A canção que nunca conseguiu gravar, agora em disco, retrata a história da mãe que chegou de Cabo Verde e, com apenas 15 anos, assinou um contrato, ganhando a vida no “trabalho escravo”.

Repasso alguns estratos da letra: “Em 1947, os barcos partiram para alem mar/na bagagens das gente só tinham uma esperança para a vida melhor/ para traz a terra que vida não tinha a fome a espreita em todas esquinas/ no chão a poeira consome o suor/ nas mãos enxada para ganhar o pão...”, assim cantou Euclides da Lomba no tema “1947”.

Nascido a 18 de Fevereiro de 1966, na província de Cabinda, Euclides da Lomba frequentou os estudos primários antes de beneficiar de uma bolsa de estudo para a República de Cuba, onde concluiu, com sucesso, o ensino secundário na “ESBEC 41 Saydi Mingas” e Pré-Universitá­rio na “IPUEC 42 Agostinho Neto”.

Iniciou-se na música como trovador em 1984, em Cuba, tendo mais tarde integrado o agrupament­o musical “Estrela de Angola”, na Ilha da Juventude, onde participou e venceu vários festivais.

Licenciou-se em Educação Musical pelo Instituto Superior Pedagógico “Enrique José Varona”, de Havana (Cuba). Concluídos os seus estudos, regressa à terra natal, optando pela docência no Instituto Médio Normal de Educação (IMNE) e no PUNIV de Cabinda.

 ??  ?? Depois do lançamento Euclides da Lomba faz dois espectácul­os na Casa 70 em Luanda
Depois do lançamento Euclides da Lomba faz dois espectácul­os na Casa 70 em Luanda

Newspapers in Portuguese

Newspapers from Angola