Jornal de Angola

Cabo Verde procura encontrar solução

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O Governo cabo-verdiano está disponível a trabalhar com os responsáve­is desportivo­s no sentido de encontrar uma solução para a presença da selecção de basquetebo­l nas eliminatór­ias de apuramento para o Afrobasket'2017.

A informação foi avançada ontem pela Direcção Geral dos Desportos (DGD) na sua página no Facebook, após a reunião realizada sexta-feira à tarde com responsáve­is da Federação Cabo-verdiana de Basquetebo­l (FCBB), que decidiu não inscrever a selecção nas eliminatór­ias do Afrobasket por falta de verbas.

Citando o director-geral dos Desportos, Anildo Santos, o texto sublinha que a tutela cabo-verdiana está disponível em “trabalhar junto com os responsáve­is para uma solução que possa ainda viabilizar a participaç­ão de Cabo Verde nas eliminatór­ias para o Afrobasket, que se iniciam já em Março”.

A FCBB decidiu não inscrever a selecção nas eliminatór­ias, alegando que a situação financeira da instituiçã­o é “débil”, com dívidas de cerca de 10 milhões de escudos (90.000 euros) e o torneio qualificat­ivo custa cerca de 20 milhões de escudos (181.000 euros). A decisão de não participar nas eliminatór­ias não agradou aos jogadores seleccioná­veis, que garantiram que não iriam representa­r a selecção enquanto a actual direcção estiver a comandar os destinos do basquetebo­l cabo-verdiano.

Na terça-feira, o Tribunal e a Polícia Nacional estiveram na sede da FCBB para penhorar alguns bens para saldar as dívidas contraídas pela federação, que nos 12 anos anteriores foi liderada por Kitana Cabral.

No mesmo dia, os membros da direcção da federação colocaram os respectivo­s cargos à disposição, e convocaram uma assembleia-geral extraordin­ária eleitoral , nos próximos 60 dias.Um grupo de antigos jogadores, liderados por Rodrigo Mascarenha­s, está a fazer contactos para formar uma equipa para comandar os destinos do basquetebo­l e ainda tentar, também junto das autoridade­s desportiva­s africanas, a presença da selecção nas eliminatór­ias do Afrobasket'2017.

Durante a reunião com a DGD, o vice-presidente demissioná­rio da FCBB, Eugénio Martins, disse que mantêm a decisão e cabe agora às associaçõe­s regionais, se assim entenderem, “trabalhar uma solução para a presença de Cabo Verde no Afrobasket'2017”.O responsáve­l federativo demissioná­rio adiantou ainda que a decisão vai ao encontro do plano estratégic­o que a federação tinha, que era “reorganiza­r e reestrutur­ar o basquetebo­l”, visando, não só resolver a situação financeira herdada da anterior gestão, como desenvolve­r e massificar a modalidade.

“Preferimos pagar as dívidas e estar sem participar em dois Afrobasket­s do que hipotecar a nossa participaç­ão em outras cinco edições”, disse Eugénio Martins.

Tido como um dos grandes jogadores da história da NBA, o ex-extremo-poste Charles Oakley envolveu-se ontem em polémica durante a semana em Nova Iorque.

No dia do jogo entre Los Angeles Clippers e New York Knicks, a contar para a fase regular da liga norteameri­cana, vencido pelos visitantes, por 119-115, o ex-astro discutiu com funcionári­os da segurança, acabou por ser detido e escoltado para fora do Madison Square Garden, de onde foi banido pela direcção do clube por toda a vida. Mesmo que compre ingresso, Oakley não pode entrar n pavilhão. Nomes como LeBron James, craque do Cleveland Cavaliers, defenderam o ex-atleta de 53 anos, e os adeptos reclamaram da decisão do clube, e criaram mesmo uma camisola com os dizeres “Free Oakley” (do inglês, “Libertem Oakley”).

De acordo com o jornal “Daily Mirror”, a confusão aconteceu durante o primeiro quarto do jogo, quando Charles Oakley proferiu ofensas e feito críticas em voz alta contra o dono dos Knicks, James Dolan, referentes à má gestão do dirigente. Charles Oakley foi contido pelos seguranças, mas reagiu de forma violenta e foi algemado por agentes policiais. Segundo relatos do mesmo periódico, Oakley alega que os seguranças o encararam e pediram que deixasse o Madison Square Garden sem que ele fizesse provocaçõe­s.

“Isso é embaraçoso. Eu não fiz nada disso. Eu não sabia que ele estava sentado perto de mim, até que os seguranças vieram na minha direcção”, comentou Charleys Oakley à ESPN Radio.

O New York Knicks foi uma das cinco equipas pela qual jogou Charles Oakley na NBA. Ele ficou uma década na equipa nova-iorquina. O ex-atleta, que era conhecido por ser o “dono do garrafão”, sempre com muitos ressaltos, ainda actuou pelo Chicago Bulls, Toronto Raptors, Washington Wizards e Houston Rockets.

De acordo com o site DNAInfo, além de banir Oakley do Madison Square Garden por toda a vida, James Dolan demitiu o chefe de segurança Frank Benedetto.

Após o incidente, os Knicks emitiram uma nota a lamentar o episódio, alegando que o ex-jogador estava a comportar-se inadequada­mente antes de ser retirado.

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Federação descarta participaç­ão na prova

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