AGÊNCIA FITCH LANÇA ALERTA Trump representa um risco global
Assim, a Fitch acredita que há um maior risco de mudanças políticas inesperadas nos EUA que possam ter implicações globais. “Os principais riscos para o crédito soberano são a possibilidade de mudanças disruptivas nas relações comerciais, diminuição dos fluxos de capital internacionais, limites à imigração que afectem as remessas, bem como confrontos entre decisores políticos que contribuam para elevar ou prolongar a volatilidade da moeda e dos mercados financeiros”, alertou a agência em comunicado.
A materialização destes riscos poderá resultar num cenário desfavorável para o crescimento económico, o que pressiona as finanças públicas. Em última análise, estas questões podem ter impacto no rating das dívidas públicas, enquanto aumentos dos custos ou redução do acesso externo a financiamento também podem afectar os ratings, particularmente, se acompanhados por uma depreciação da moeda. Os países com maior susceptibilidade de sofrer o efeito Trump são aqueles com maiores laços, económicos e financeiros, com os EUA, sendo que a Fitch identifica neste grupo o Canadá, a China, a Alemanha, o Japão e o México. Por outro lado, uma cadeia integrada de oferta de bens pode causar um efeito em cascata se os EUA limitarem os fluxos comerciais.
A Fitch anunciou ainda que vai avaliar as implicações das políticas da nova administração norte-americana, tendo em conta eventuais alterações na trajectória de crescimento, finanças públicas e balança de pagamentos do país. Enquanto “a posição dos EUA em relação a alguns países pode mudar rapidamente, pelo menos inicialmente”, a agência explica que “potenciais ajustamentos do rating vão depender de mudanças nos fundamentos do crédito soberano, que é mais lento a materializar-se”.
O Presidente do Brasil condenou ontem a greve, iniciada há uma semana, pela Polícia Militar, que provocou uma onda de caos e violência, que resultou em 121 mortos. Michel Temer condenou a acção dos polícias militares no Estado de Espírito Santo, devido à crise que representou para a segurança pública, considerando a paralisação “ilegal” e “inaceitável”, naquele que foi o seu primeiro comentário oficial sobre o incidente. O governo do Estado de Espírito Santo e os representantes da Polícia Militar alcançaram, na sexta-feira, um acordo que estabelece que a greve devia terminar ontem às 7 horas.