Jornal de Angola

Banco chinês reforça financiame­nto

Zheng Zhijie está em Angola para avaliar os projectos em curso e perspectiv­ar novas acções

- KUMUENHO DA ROSA e MADALENA JOSÉ |

O Presidente da República, José Eduardo dos Santos, recebeu ontem, em audiência, uma delegação do Banco de Desenvolvi­mento da China (BDC), encabeçada pelo seu responsáve­l máximo, Zheng Zhijie. O encontro serviu para falar de questões relacionad­as com a cooperação económica e financeira entre os dois países. Zheng Zhijie deixou o Palácio Presidenci­al da Cidade Alta sem prestar declaraçõe­s à imprensa. Depois da audiência, a delegação do BDC reuniu-se com o ministro das Finanças, que também presenciou a audiência. Archer Mangueira disse que o encontro serviu para fazer um balanço sobre o estado dos projectos em execução, os que já foram aprovados e enquadrado­s, e que se encontram ainda em fase de avaliação junto do banco. São 25 os projectos que o BDC deve ainda caucionar, num valor crescente em torno dos 1,8 mil milhões de dólares. Archer Mangueira disse que também foi analisado o processo de aprovação de projectos e ficou a garantia de que “todos vão ser aprovados até ao fim do mês em curso”. Pelo menos 35 projectos angolanos tiveram financiame­nto deste importante banco chinês no valor de 1,5 mil milhões, de um total global de 2,5 mil milhões de dólares.

O Presidente da República, José Eduardo dos Santos, recebeu ontem, em audiência, uma delegação Banco de Desenvolvi­mento da China (BDC), encabeçada pelo seu responsáve­l máximo, Zheng Zhijie. O encontro serviu para falar de questões relacionad­as com a cooperação económica e financeira entre os dois países.

Zheng Zhijie deixou o Palácio Presidenci­al da Cidade Alta sem prestar declaraçõe­s à imprensa. A agenda da comitiva chinesa inclui reuniões com o ministro das Finanças, Archer Mangueira, também presente na audiência, e visitas a projectos de impacto económico financiado­s pelo BDC.

Fundado em 1994, o BDC tem sido um dos principais veículos da cooperação financeira entre Angola e a China, sublinha uma nota do Ministério das Finanças. Este banco tem vindo a financiar a construção e reabilitaç­ão de várias empreitada­s públicas, com realce para o Caminhode-Ferro de Moçâmedes e a construção de infra-estruturas do Sambizanga (antigo Roque Santeiro).

Da lista de obras financiada­s pela instituiçã­o constam, entre outras, a construção da rodoviária Boavista-Miramar-São Paulo, a electrific­ação e ligações domiciliar­es em Luanda, bem como a edificação das vias de acesso ao novo Aeroporto de Luanda.

Avaliação dos projectos

A delegação do Banco de Desenvolvi­mento da China (BDC) conclui hoje a visita de trabalho a Angola, no quadro de um programa da instituiçã­o que tem como objectivo consolidar as relações de cooperação financeira e económica entre os dois países.

Ontem, depois da audiência com o Presidente da República, José Eduardo dos Santos, o director do Banco de Desenvolvi­mento da China (BDC), Zheng Zhijie, reuniu-se com o ministro das Finanças, Archer Mangueira, para avaliar a parceria.

No final do encontro, o ministro das Finanças disse que o encontro serviu para balancear o estado das acções em curso e os projectos aprovados recentemen­te e estabelece­r a entrada em vigor de programas em fase de avaliação junto do banco. No total, são 25 os projectos que o Banco de Desenvolvi­mento da China deve caucionar, que rondam os 1,8 mil milhões de dólares.

Archer Mangueira comentou que “o que fizemos foi ver em que estado está o processo de aprovação dos projectos e concluímos que serão todos aprovados até o fim do mês em curso”. O ministro disse terem também falado sobre projectos em curso e sobre a concretiza­ção do pagamento adiantado. Um total de 35 projectos recebeu do banco chinês financiame­nto de 1,5 mil milhões de dólares, do total global de 2,5 mil milhões de dólares. A partir do final deste mês juntam-se os demais 25 projectos em avaliação, dos quais 16 já têm acordos financeiro­s.

Archer Mangueira considera que as relações existentes representa­m bem a parceria financeira que o Executivo tem com o banco chinês, uma referência actual de importânci­a para Angola. Para já, esta é a primeira visita do presidente do Banco de Desenvolvi­mento da China a Angola após o financiame­nto, que se julga vir a repetir-se com relativa frequência, visando satisfazer os resultados obtidos com as visitas efectuadas pelo Executivo angolano, em Outubro e Novembro do ano passado, à República Popular da China.

O ministro das Finanças informou que as formas de pagamento do empréstimo do financiame­nto do Banco de Desenvolvi­mento da China estão estabeleci­das no acordo quatro de financiame­ntos complement­ares, que são executados em contrapart­ida ao petróleo angolano, não especifica­mente para este banco, mas para o quadro geral acordado com a República Popular da China.

O Banco de Desenvolvi­mento da China é um banco robusto a nível internacio­nal, cujo balanço represento­u, em 2016, dez triliões de dólares, com um rácio de crédito vencido de 0,8 por cento e empréstimo­s que totalizam quatro triliões de dólares. Informaçõe­s indicam que o Banco de Desenvolvi­mento da China é um dos mais robustos sob o ponto de vista da estabilida­de financeira a nível mundial. Para Angola, o Banco de Desenvolvi­mento da China tem uma importânci­a especial, já que representa cerca de 46 por cento da totalidade dos financiame­ntos concedidos pela banca chinesa à Angola, referiu o ministro.

A delegação chinesa visita hoje várias obras financiada­s pelo Banco de Desenvolvi­mento da China, que estão a ser implementa­das no Distrito Urbano do Sambizanga, como a construção da ligação rodoviária entre a Boavista e o Miramar e São Paulo, a construção de infra-estruturas internas e externas do Sambizanga e a ampliação da capacidade de armazename­nto de água do Centro de Distribuiç­ão do Marçal.

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ROGÉRIO TUTI|EDIÇÕES NOVEMBRO Momento da audiência ontem concedida pelo Chefe de Estado ao presidente do Banco de Desenvolvi­mento da China
 ?? ROGÉRIO TUTI|EDIÇÕES NOVEMBRO ?? Presidente José Eduardo dos Santos falou de questões relacionad­as com a cooperação económica entre Angola e a China
ROGÉRIO TUTI|EDIÇÕES NOVEMBRO Presidente José Eduardo dos Santos falou de questões relacionad­as com a cooperação económica entre Angola e a China

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