França manifesta interesse de investir no sector agrícola
O embaixador francês em Angola, Silvain Itte, admitiu ontem, na cidade de Malanje, a possibilidade do seu país investir no sector agroindustrial e alimentar do país, no quadro da cooperação bilateral.
O diplomata manifestou esta vontade no final do encontro com o governador de Malanje, Norberto dos Santos, “Kwata Kanawa”, com quem avaliou a execução dos projectos financiados pela França na região.
Silvain Itte considerou o sector da indústria alimentar fundamental, através do qual Angola pode atingir o desenvolvimento sustentável. “É a primeira visita oficial que realizo fora de Luanda”, informou o diplomata, salientando que além da aposta na agricultura e agro-indústria, a França também investe em Angola no sector petrolífero. Cerca de 70 empresas francesas investem nos mais diversos sectores no país. O governador do Banco Nacional de Angola deslocouse ontem a França, onde vai reunir com empresários e accionistas de influentes bancos franceses. O embaixador elogiou o empenho e determinação das autoridades angolanas no processo de diversificação da economia para o crescimento multifacetado do país.
O diplomata visitou alguns projectos em curso na província financiados pelo Governo francês, como a escola do segundo ciclo do ensino secundário, patrocinado pela Total, incluindo as obras da Escola Superior de Tecnologias Agro-Alimentar (ESTAME), no bairro do Camibafu, arredores da cidade. O embaixador visitou ainda uma área de produção de cevada, em Kangandala, e o Pólo Agro-industrial de Capanda.
Silvain Itte garantiu continuidade dos estudos superiores a dezenas de estudantes angolanos na Escola Eiffel, em França. A França já financiou muitos projectos de capacitação e formação de jovens no país.
A França é membro do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas, a primeira potência militar da Europa e a segunda económica, depois da Alemanha. No continente, é a primeira potência agrícola. A comunidade francesa em Angola é estimada em três mil residentes, enquanto o número de angolanos naquele país europeu está estimado em 15 mil cidadãos.