Jornal de Angola

CARTAS DO LEITOR

- ADELAIDE AFONSO | LEONARDO SILVA | MARINA LUCAS | LAURINDO ANTÓNIO |

Ambiente de negócios

Tenho lido notícias na nossa imprensa dando conta de que há muitos investidor­es estrangeir­os privados interessad­os em realizar negócios em Angola. Muitos potenciais investidor­es estrangeir­os consideram que o nosso país é terra de grandes oportunida­des.

É bom que o investimen­to estrangeir­o no país aumente, mas deve-se continuar a trabalhar muito no sentido de se criar no país um bom ambiente de negócios, consubstan­ciado na desburocra­tização de procedimen­tos.

O nosso país precisa também de investimen­to estrangeir­o para fazer crescer a sua economia. É um erro criar dificuldad­es à entrada de capitais estrangeir­os no país, que podem proporcion­ar a criação de empregos e que podem, por via da concorrênc­ia, aumentar a qualidade dos bens e serviços. Nós, angolanos, não podemos nem devemos fazer tudo. Há países mais avançados nesta ou naquela área e devemos abrir o nosso mercado para que no país entre não só capitais estrangeir­os, mas também tecnologia e conhecimen­to que venham a beneficiar os quadros nacionais. Se queremos a diversific­ação da economia não devemos complicar a vida de empresário­s que estão dispostos a gastar o seu dinheiro em Angola. O investimen­to estrangeir­o é bem -vindo.

Parques infantis

Escrevo pela primeira vez para este espaço para me juntar àqueles leitores que já manifestar­am o seu descontent­amento em relação ao facto de se estarem a usar parques infantis para espectácul­os musicais, em que se consome bebidas alcoólicas. Não sei a razão por que, depois de muitas cartas publicadas neste espaço, ninguém toma medidas para impedir que os parques infantis construído­s com o dinheiro do Estado e destinados exclusivam­ente às crianças estejam a ser usados aos fins de semana para a realização de grandes farras, com fins lucrativos. Quem afinal anda a gerir os parques infantis públicos? Que tipo de contratos de gestão são celebrados? Apelo às autoridade­s competente­s para que tomem medidas no sentido de se devolver os parques infantis às crianças. Penso que as crianças não devem ficar privadas de frequentar por exemplo um parque infantil ao sábado ou ao domingo porque alguém entende ganhar dinheiro com farras.

Tragédia no Girabola

Fiquei bastante triste com o que aconteceu na província do Uíge, no início do Girabola. Foi uma tragédia. Espero que situações do género não voltem a acontecer nos nossos estádios de futebol. O desporto não deve ser gerador de situações que provoquem mortes ou ferimentos de pessoas que são amantes desta ou daquela modalidade. Tenho esperança de que as nossas autoridade­s desportiva­s tudo farão para que os nossos estádios sejam locais seguros para que os espectador­es possam assistir aos jogos em segurança. Não me lembro de ter morrido tanta gente em Angola num estádio de futebol. Que o inquérito que foi instaurado ao que aconteceu no Uíge apure as causas da tragédia, a fim de haver responsabi­lização e de no futuro se tomarem as medidas para que ninguém se sinta inseguro num estádio de futebol ou num outro recinto desportivo.

Livros escolares

Há alunos que não têm ainda no início do ano lectivo os livros escolares que são exigidos nas escolas primárias e secundária­s públicas , porque os pais não dispõem ainda de meios financeiro­s para os comprar. Sugiro às direcções daquelas escolas para que sejam flexíveis neste início do ano lectivo em relação aos alunos que ainda não conseguira­m comprar todos os livros. Sei que há professore­s que expulsam alunos que não possuem os livros exigidos. Que se encontre uma forma de se proteger aqueles alunos que não têm culpa de os seus pais não terem ainda rendimento­s suficiente­s para comprarem de uma só vez todos os livros que são exigidos.

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CASIMIRO PEDRO

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