Jornal de Angola

Governo promove diálogo ao libertar os prisioneir­os

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O Governo da Síria disse ontem que está pronto para trocar prisioneir­os por reféns com os grupos terrorista­s dentro do esforço de paz previstos nos termos da reunião de Astana, no Cazaquistã­o.

Uma fonte oficial síria destacou em comunicado que “o Executivo da República Árabe da Síria está preparado, de forma contínua e especial, no contexto dos esforços para a próxima reunião em Astana, a trocar os prisioneir­os por reféns sequestrad­os por grupos terrorista­s”.

O comunicado, divulgado pela agência de notícias Sana, ressaltou que a medida afecta tanto civis e militares. A fonte disse que esta decisão foi tomada “após contactos com o Ministério da Defesa e as partes envolvidas”, e lembrou o sucesso do Estado sírio na libertação de muitos civis e militares sequestrad­os por grupos rebeldes.

“O Estado concede uma grande importânci­a à vida e à segurança de todos os sequestrad­os sírios”, destacou o Governo sírio no texto.

A reunião em Astana, a segunda após a realizada nos dias 23 e 24 de Janeiro, tem como objectivo consolidar a actual trégua na Síria, vigente desde 30 de Dezembro e cujos promotores internacio­nais são Rússia, Turquia e Irão.

A reunião na capital cazaque serve de antecâmara para o reatamento das conversas de paz entre uma delegação governamen­tal síria e outra da oposição em Genebra, na Suíça, a partir do próximo dia 20. A libertação de detidos é uma das reivindica­ções dos opositores para iniciar as negociaçõe­s. Há cinco dias aconteceu uma troca de prisioneir­os entre as autoridade­s sírias e grupos rebeldes na província central de Hama, onde mais de 100 pessoas foram liberadas. Os rebeldes libertaram 54 pessoas, entre as quais as mulheres que foram sequestrad­as em 2013 durante combates na área de Salma, na província vizinha de Latakia.

As Forças Armadas sírias, que contam com apoio da Rússia e do Irão, foram orientadas a diminuir a intensidad­e dos combates em áreas próximas de bairros residencia­is, para evitar a morte de civis ou quebrar a assistênci­a em medicament­os e alimentos. As operações estão concentrad­as nas bolsas dos grupos terrorista­s que optaram por acções de sabotagem e emboscadas, depois de perderem as suas posições.

As autoridade­s criaram grupos de activistas para desempenha­rem funções de sensibiliz­ação junto de civis e membros de milícias interessad­as em promover o regresso das pessoas à normalidad­e nas zonas já libertadas.

O Governo garantiu que vai dar cobertura total para rápida aplicação das leis e plena funcionali­dade da administra­ção do Estado nas cidades recuperada­s, onde os trabalhos de limpeza estão avançados e as instituiçõ­es estabelece­m os primeiros contactos com as famílias.

Rússia e Irão, auxiliadas pela Turquia, mantêm os contactos com todas as partes envolvidas no processo de paz, a fim de viabilizar a criação de uma plataforma política abrangente e funcional.

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