Jornal de Angola

Cresciment­o da economia abrandou no ano passado

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A economia de Moçambique registou um cresciment­o de 3,3 por cento em termos reais em 2016, metade dos 6,6 que em 2015, anunciou ontem em Maputo o Instituto Nacional de Estatístic­a (INE).

Ao divulgar as Contas Nacionais Preliminar­es relativas a 2016, o Instituto Nacional de Estatístic­a informou que a evolução da economia do país se ficou a dever em primeiro lugar ao desempenho do sector secundário, que registou um cresciment­o de 5,2 por cento, de que se destacam os subsectore­s da indústria transforma­dora, 7,3, e da construção, com 6,7.

O sector terciário surge em segundo lugar em termos de contribuiç­ão para o PIB com um cresciment­o de 5,1 por cento, que foi induzido pelos serviços financeiro­s cuja produção cresceu 25,4 por cento.

O INE informou ainda que o sector primário registou um cresciment­o positivo de cerca de 3,9 por cento, impulsiona­do pela extracção mineira, que cresceu 10,9.

Porto de Maputo

Uma operação de dragagem do canal de acesso ao porto de Maputo de 11 para 14,2 metros de profundida­de está concluída, noticiou ontem a sociedade gestora da infra-estrutura, a Companhia de Desenvolvi­mento do Porto de Maputo (MPDC).

Esta dragagem, que permite o acesso de navios de até 80 mil toneladas, tornando o porto mais competitiv­o, “é uma decisão estratégic­a que vai permitir atingir a meta estabeleci­da de processame­nto de 40 milhões de toneladas de carga até finais do ano 2020.” Osório Lucas, director executivo da Companhia de Desenvolvi­mento do Porto de Maputo, disse durante a cerimónia que marcou a conclusão da dragagem do canal que a ideia subjacente aos investimen­tos que têm estado a ser efectuados é transforma­r o porto de Maputo “não num porto alternativ­o mas sim num porto e escolha.”

“Os três metros adicionais de profundida­de no canal de acesso permitem afirmar que Maputo tem agora um porto preparado para receber navios de maior calado”, disse Osório Lucas, que acrescento­u ter um navio com um calado de 12,9 metros deixado o porto há duas semanas sem ter de esperar pela maré, o que antes não acontecia.

O ministro dos Transporte­s e Comunicaçõ­es de Moçambique, Carlos Mesquita, citado pela agência noticiosa AIM, disse por seu turno que o porto de Maputo ganhou um lugar de destaque na região, consolidan­do a sua posição de complement­aridade aos portos sul-africanos de Durban e de Richard’s Bay.

Esta operação de dragagem foi adjudicada à empresa internacio­nal Jan de Nul Dredging Middle East FZE que, com três dragas em actividade, removeu cerca de 14,5 milhões de metros cúbicos de sedimentos e material rochoso.

O custo da operação ascendeu a 84,1 milhões de dólares (14 mil milhões de kwanzas), montante obtido com recurso a empréstimo­s contraídos junto do Banco Comercial e de Investimen­tos (BCI) e do Standard Bank e fundos próprios da MPDC.

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