Unidade de coordenação contra a migração ilegal
As autoridades da Líbia e da Itália decidiram criar uma sala de operações conjuntas para a troca de informações sobre migração clandestina, noticiou ontem a agência de noticias Panapress, que citou fonte oficial na capital deste país, Tripoli.
A decisão foi anunciada final de negociações realizadas em Tripoli entre os dois países, nas quais a Líbia se fez representar pelo seu director da Segurança Geral e a Itália pelo seu embaixador na capital líbia, Guiseppe Peroni, refere um comunicado do Departamento de Informação do Governo líbio de Reconciliação Nacional, apoiado pela OTAN e as potências ocidentais, a que a agência de notícias africana teve acesso.
O acordo assinado entre as aitoridades da Líbia e da Itália prevê a activação dos acordos anteriores entre a nação africana e o país europeu, é explicado no documento, e sublinhado que elementos da segurança líbia vão gerir a direcção da missão, enquanto a Itália trata do apoio logístico.
O comunicado indica que o acordo compreende o envio de alguns funcionários do Ministério da Formação para a Itália e a Tunísia nas próximas semanas.
O primeiro-ministro italiano, Paulo Gentiloni, e o primeiro-ministro do Governo Líbio apoiado pela Aliança Atlântica e pelas potências ocidentais, Fayez al Sarraj, assinaram recentemente, em Roma, um protocolo de acordo para apoiar o controlo da migração ilegal, a luta contra o tráfico de seres humanos e o controlo da fronteira sul da Líbia.
Este acordo foi denunciado pelo Parlamento líbio de Tobruk, não reconhecido pela OTAN e as potências ocidentais, que afirmam que o Conselho Presidencial não tem legitimidade para assinar acordos em nome da Líbia.
Entretanto, o Presidente do Conselho Presidencial do Governo de União Nacional, Fayez al Sarraj, anunciou na noite de terçafeira que Khalifa Haftar, comandante das Forças Armadas Líbias no leste, território controlado pelo Governo de Tobruk, não reconhecido pelas potências ocidentais, evitou encontrar-se consigo no Cairo, onde ambos foram convidados pelas autoridades egípcias para uma mediação destinada a solucionar a crise líbia.
Num comunicado sobre a razão da sua visita à capital egípcia e ao fracasso de um encontro com o marechal Khalifa Haftar, Fayez al Sarraj manifestou-se esperançado de que responsáveis egípcios exerçam mais pressão sobre as partes líbias opostas à solução da crise na Líbia.