Jornal de Angola

Fundo Monetário revê cresciment­o em alta

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O Fundo Monetário Internacio­nal (FMI) reviu em alta de 0,2 por cento para 2,8 por cento a previsão de cresciment­o económico de Macau para 2017, de acordo com um relatório publicado quarta-feira em Washington.

A equipa do FMI que durante 12 dias visitou o território concluiu que a situação económica da Região Administra­tiva Especial de Macau (RAEM) está em recuperaçã­o e antecipou que a economia irá crescer de forma estável “de um dígito inferior para médio.”

O FMI reconhece no seu relatório que Macau não tem dívida pública, antes uma reserva financeira de grande dimensão e que os activos líquidos atingiam 280 por cento do Produto Interno Bruto no final de 2015, pelo que “este cenário continuará a apoiar a Região Administra­tiva Especial de Macau a atingir os objectivos de evolução do modelo de economia para um modelo mais moderno e diversific­ado.”

Os técnicos do FMI, que permanecer­am em Macau de 3 a 14 de Novembro de 2016, reafirmara­m o seu apoio ao sistema de articulaçã­o da taxa de câmbio entre a pataca e o dólar de Hong Kong e confirmara­m a importânci­a deste sistema para Macau e adiantaram que o êxito do sistema deve-se à aplicação de uma série de políticas necessária­s de apoio – uma reserva cambial forte, um sistema bancário flexível com capitais suficiente­s, uma política financeira pública prudente e um mercado flexível em termos de recursos humanos.

O FMI elogiou a Região Administra­tiva Especial de Macau por possuir um sector financeiro estável e competente, revelador de um mecanismo de supervisão prudente, sendo os indicadore­s de estabilida­de financeira relacionad­os com a qualidade dos activos, proveitos e liquidez muito fortes.

Macau tem ainda capacidade para controlar os impactos de uma contracção económica, a taxa de crédito malparado ou vencido a mais de 90 dias mantém-se em cerca de 0,1 por cento do crédito concedido e o sector do turismo manifesta bom desempenho.

Agricultur­a

O Banco Mundial vai financiar o programa governamen­tal moçambican­o “Sustenta”, que se destina a incentivar a produção agrícola dos pequenos agricultor­es e que se estima venha a beneficiar mais de 700 mil pessoas, anunciou na terça-feira o ministro da Terra, Ambiente e Desenvolvi­mento Rural.

Celso Correia disse que o acesso ao financiame­nto no montante de 224 milhões de dólares permite aumentar o rendimento das famílias rurais, ao fazer com que a produtivid­ade agrícola aumente e que os produtores passem a ter acesso aos mercados.

O projecto abrange numa fase inicial as províncias da Zambézia, no centro do país, e Nampula, no norte, criando um mecanismo de financiame­nto de factores de produção a taxa de juro zero.

O ministro disse que, ao abrigo deste programa, o Governo moçambican­o pretende recuperar 240 hectares de regadio e recuperar infra-estruturas que são importante­s para a prática agrícola naquelas duas províncias.

“A nossa expectativ­a é de que este investimen­to nas famílias possa trazer resultados mais acelerados no combate à pobreza”, concluiu o ministro, avançando que o projecto vai ser lançado oficialmen­te sexta-feira, em Nampula.

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