Paragens de táxi são criadas a partir de hoje
O Governo da Província de Luanda autorizou, ontem, a empresa Costa Angola a criar, a partir de hoje, paragens para embarque e desembarque de passageiros nas principais vias da capital angolana.
A autorização saiu de um encontro mantido entre o Governo da Província de Luanda, a Associação dos Taxistas de Luanda, a Polícia Nacional, sindicatos de empresas transportadoras e a construtora Costa Angola. Orientado pelo vicegovernador para a Área Económica, José Cerqueira, o encontro serviu para analisar a carta de reivindicação da Nova Aliança, uma associação de taxistas de Angola.
A Nova Aliança exige, na carta de reivindicação, a definição de paragens de táxi, denuncia o mau comportamento de agentes reguladores de trânsito e pede a melhoria das estradas, sobretudo dos bairros periféricos.
O encontro decorreu sem a presença da Nova Aliança. Na primeira fase, que fica concluída dentro de 20 dias, está prevista a construção de mil paragens para o serviço de táxi e 98 para autocarros de transportes públicos.
A criação de paragens em Luanda é uma medida que visa pôr fim à desordem registada na capital angolana e dar mais dignidade à mobilidade da população.
Greve considerada ilegal
Walter Prado, da Costa Angola, disse que a empresa vai trabalhar com o Governo da Província de Luanda, as associações de taxistas e a Polícia Nacional, na identificação dos lugares exactos para a construção de paragens.
A construção de paragens, no entender de Walter Prado, vai permitir uma interacção fluida entre os passageiros, taxistas, agentes reguladores de trânsito e outros intervenientes no processo de mobilidade. Sobre a anunciada greve dos taxistas, que ameaçam paralisar a actividade de 20 a 22 deste mês, o secretário para os assuntos Jurídicos e Sociais do Sindicato dos Trabalhadores dos Transportes Rodoviários e Afins de Luanda (STTRAL), Pedro Luís Bengui, disse que a greve é ilegal, pelo facto dos colegas da Nova Aliança defenderem interesses dos patrões e não dos taxistas.
Pedro Luís Bengui recomendou aos associados da Nova Aliança, a filiarem-se no Sindicato dos Trabalhadores dos Transportes Rodoviários e Afins de Luanda (STTRAL), que tem por missão a defesa dos interesses dos taxistas e cobradores.
Para os proprietários de táxis na capital do país, o sindicalista Pedro Luís Bengui esclareceu que estes não podem fazer greve nem paralisar o serviço de táxi, mas sim procurar sempre dialogar com o seu parceiro social, o Governo Provincial de Luanda.