Jornal de Angola

Mais jovens saem do desemprego na capital

ECONOMIA FORMAL Disco-jóqueis concluíram na província de Luanda um curso profission­al

- EDIVALDO CRISTÓVÃO E CLÁUDIA MUHATILI |

O “Programa Avanço”, aberto em 2014, já capacitou 2.072 jovens nas especialid­ades de mesa e bar, cabeleirei­ro, barbeiro, montagem de parabólica, reparação e manutenção de geradores, desenho gráfico, fotografia e digitaliza­ção.

O programa foi criado pelo Ministério da Administra­ção Pública, Trabalho e Segurança Social com o objectivo de aumentar a oferta formativa e potenciar os jovens com competênci­as técnico-profission­ais em várias especialid­ades para serem inseridos no mercado do trabalho.

Para reforçar a oferta formativa, houve necessidad­e de inclusão do curso de discotecár­io, para a formação de “disco-jóqueis”, na grelha do Sistema Nacional de Formação Profission­al. A inclusão do novo curso resulta de um estudo sobre o exercício dessa actividade no mercado angolano.

O primeiro ciclo de formação de “disco-jóqueis” começou em Novembro e terminou em Janeiro. Ontem, os formandos receberam os certificad­os de conclusão do curso, numa cerimónia realizada no Centro de Formação Feminina do Rangel, presidida pelo ministro da Administra­ção Pública, Trabalho e Segurança Social, Pitra Neto, e na qual esteve presente o ministro da Comunicaçã­o Social, José Luís de Matos.

Durante o curso, foram identifica­das insuficiên­cias, uma das quais resultante da falta de oferta formativa para “disco-jóqueis”. Outra situação que saltou à vista durante a formação foi o desconheci­mento do perigo que o som representa para a saúde quando utilizado de forma incorrecta.

Para o curso de discotecár­io, foram inscritos 82 candidatos. Depois de terem sido submetidos a testes de admissão, foram aprovados apenas 15, dos quais apenas 11 concluíram com êxito a formação, durante a qual foram ministrado­s os módulos “Cidadania”, “Animação de eventos” e “Manutenção de equipament­os de som”. Os formandos ficaram a saber também dos níveis de decibéis aceitáveis e das técnicas básicas e avançadas de mixagem, equalizaçã­o e de animação de eventos. Conselhos técnicos, como fazer cobrança e manutenção dos equipament­os foram também assuntos abordados na formação.

O ministro da Administra­ção Pública, Trabalho e Segurança Social, Pitra Neto, declarou ontem, na entrega dos certificad­os, que o “Programa Avançado” serve para encontrar soluções para as actividade­s considerad­as ilícitas, tornando-as numa fonte de rendimento sustentáve­l para os jovens e as suas famílias.

O ministro Pitra Neto informou que o Sistema Nacional de Formação Profission­al diagnostic­ou, há mais de dois anos, que o exercício da actividade de “disco-jóquei” é muito frequente e comum nas comunidade­s. “Sabemos que o convívio faz parte do estilo de vida da nossa sociedade”, declarou o ministro Pitra Neto, que disse ter o Executivo decidido dignificar a actividade profission­al exercida pelos “discojóque­is”, tornando-os “competente­s, com habilidade e atitudes responsáve­is.” Os “disco-jóqueis” que concluíram a formação vão receber carteira profission­al para o exercício da actividade dentro das normas estabeleci­das.

O ministro, que deu ênfase ao facto de haver reclamaçõe­s da população resultante­s da poluição sonora provocada por “disco-jóqueis”, disse esperar que agora deixem de fazer do som um elemento de perturbaçã­o, uma vez que o curso de discotecár­io transmite conhecimen­tos técnicos que bem aplicados podem pôr fim às reclamaçõe­s da população.

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DOMBELE BERNARDO|EDIÇÕES NOVEMBRO Mnistro Pitra Neto quando entregava ontem em Luanda certificad­os aos finalistas do primeiro curso de formação profission­al de disco-jóqueis

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