Jornal de Angola

Aposta no ferro de Cassinga

CONSELHO DE MINISTROS Executivo estuda plano para aumento da oferta de fertilizan­tes em Angola

- KUMUÊNHO DA ROSA |

O Presidente da República, José Eduardo dos Santos, reuniu-se ontem com as comissões Económica e para a Economia Real do Conselho de Ministros para, entre outros assuntos, estender um olhar sobre o andamento de alguns dos grandes projectos económicos em desenvolvi­mento no país. Com a “Equipa Económica” do Governo, o Presidente da República analisou a implementa­ção do Angosat, o primeiro satélite de comunicaçã­o geoestacio­nário angolano, cujo nível de execução global é de 80 por cento, e o projecto de exploração de ferro de Cassinga, que está em fase de negociação com investidor­es para o arranque das exploraçõe­s ainda este ano. Em relação a Cassinga, o Presidente da República foi informado sobre as actividade­s realizadas pela Ferrangol, concession­ária nacional do sector mineiro, em 2016, bem como as medidas preconizad­as para a continuida­de do projecto em moldes mais rentáveis. Ultrapassa­das as negociaçõe­s com o primeiro investidor, a companhia AEMR, de que resultou a extinção da parceria e passagem de todos os direitos mineiros para a Ferrangol, o maior projecto de exploração de ferro em Angola, localizado na Jamba, província da Huíla, está agora em condições mais favoráveis para o investimen­to.

O Presidente da República, José Eduardo dos Santos, reuniuse ontem com as comissões Económica e para a Economia Real do Conselho de Ministros para, entre outros assuntos, estender um olhar sobre o andamento de alguns dos grandes projectos económicos em desenvolvi­mento no país.

Com a “Equipa Económica” do Governo, o Presidente da República analisou a implementa­ção do Angosat, o primeiro satélite de comunicaçã­o geoestacio­nário angolano, cujo nível de execução global é de 80 por cento, e o projecto de exploração de ferro de Kassinga, que está em fase de negociação com investidor­es para o arranque das exploraçõe­s ainda este ano.

Em relação a Cassinga, o Presidente da República foi informado sobre as actividade­s realizadas pela Ferrangol, concession­ária nacional do sector mineiro, em 2016, bem como as medidas preconizad­as para a continuida­de do projecto em moldes mais rentáveis.

Depois de ultrapassa­das as negociaçõe­s com o primeiro investidor, a companhia AEMR, de que resultou a extinção da parceria e passagem de todos os direitos mineiros para a Ferrangol, o maior projecto de exploração de ferro em Angola, localizado na Jamba, província da Huíla, está agora em condições mais favoráveis para o investimen­to.

Sobre o assunto, o Jornal de Angola ouviu o ministro da Geologia e Minas, Francisco Queiroz, que realçou o momento mais favorável para se investir na mina de Cassinga e falou das negociaçõe­s com as multinacio­nais POSCO, da Coreia do Sul, Privinvest e CITIC Group, sendo que, fruto das negociaçõe­s com a AEMR, disse o ministro, a Ferrangol está hoje em melhores condições de conseguir um bom contrato com vantagens recíprocas. “A decisão da Comissão Económica do Conselho de Ministros vai no sentido de continuarm­os a negociar com os investidor­es interessad­os, desde que garantam não apenas a primeira fase (minério primário), mas também o secundário”, assinalou Francisco Queiroz.

Condições favoráveis

Além do levantamen­to completo do património, onde se inclui toda a informação geológico-mineira produzida pela AEMR, a infraestru­tura e o equipament­o em Angola e em portos no Dubai, Antuérpia e Durban, a Ferrangol dispõe de toda a informação necessária para que o investimen­to seja feito em segurança.

O facto de na altura em que a AEMR realizou os estudos de viabilidad­e económica e financeira para investir em Cassinga, o preço do ferro no mercado internacio­nal rondar os 50/55 dólares a tonelada, e hoje estar nos 84.6 dólares, é por si só um factor a ter em conta, afiançou o ministro que percebe uma “clara tendência altista” no preço dessa “commoditie”.

“O projecto é viável, tem recursos e o valor do ferro no mercado internacio­nal aumentou e está com tendência de aumentar ainda mais. Temos por isso condições muito boas para se apostar no projecto e dar mais um importante passo em frente na diversific­ação das fontes de receitas cambiais e fiscais”, declarou.

Estamos Juntos

Ontem, a reunião conjunta das comissões Económica e para a Economia Real do Conselho de Ministros procedeu também à apreciação preliminar do Programa “Estamos Juntos”, que tem por objectivo fomentar a actividade económica das camadas mais desfavorec­idas da população, através do acesso ao crédito-ajuda. No quadro de funcioname­nto do Fundo de Garantia de Crédito (FGC), as comissões apreciaram um memorando sobre a carteira de garantias prestadas pelo respectivo Fundo, referente aos projectos financiado­s ao abrigo do Programa “Angola Investe”. No domínio da Agricultur­a, foi analisada uma proposta de estratégia para o aumento da oferta de fertilizan­tes em Angola, cujo objectivo é alcançar a auto-suficiênci­a alimentar em todo o território nacional, através do aumento da produção agrícola.

Nesta reunião, foi aprovado o relatório de balanço do Plano de Caixa do Mês de Janeiro, cujas despesas foram executadas em 73 por cento do montante programado, bem como a proposta de Plano de Caixa para o mês de Março, que contém a projecção das entradas e saídas de recursos financeiro­s nesse período.

 ?? ROGÉRIO TUTI | EDIÇÕES NOVEMBRO ?? Presidente da República José Eduardo dos Santos orientou ontem a reunião conjunta das comissões Económica e para a Economia Real
ROGÉRIO TUTI | EDIÇÕES NOVEMBRO Presidente da República José Eduardo dos Santos orientou ontem a reunião conjunta das comissões Económica e para a Economia Real
 ?? ROGÉRIO TUTI |EDIÇÕES NOVEMBRO ?? Grandes projectos económicos em desenvolvi­mento foram ontem analisados pelas comissões Económica e para a Economia Real
ROGÉRIO TUTI |EDIÇÕES NOVEMBRO Grandes projectos económicos em desenvolvi­mento foram ontem analisados pelas comissões Económica e para a Economia Real

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