Jornal de Angola

Eleições gerais antecipada­s são a solução para a crise

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o partido vencedor das eleições legislativ­as com maioria absoluta de governar, mesmo sem grande parte da comunidade internacio­nal o afirmar categorica­mente.

O presidente da Comissão da CEDEAO, Marcel de Souza, foi o primeiro a fazêlo ao afirmar categorica­mente que a persistênc­ia do impasse político na Guiné-Bissau se deve ao facto de o nome de consenso escolhido à luz do Acordo de Conacri, o de Augusto Olivais, ter sido preterido por José Mário Vaz pelo de Umaro Embaló, nomeado primeiro-ministro. A demissão do Governo do primeiro-ministro Umaro Sissoko Embaló e a nomeação “sem demoras” de Augusto Olivais ao cargo “colocava fim ao impasse político na Guiné-Bissau e fazia com que fosse respeitado o Acordo de Conacri”, afirmou recentemen­te o PAICV. Tal hipótese, porém, foi já descartada pelo Presidente José Mário Vaz.

O fracasso de tais iniciativa­s faz concluir que a realização de eleições antecipada­s é o único caminho para a Guiné-Bissau voltar ao trilho da estabilida­de governativ­a e, por conseguint­e, do desenvolvi­mento.

Uma provável vitória do PAIGC em legislativ­as antecipada­s pode reforçar a posição do partido.

E não é de todo improvável uma derrota do Presidente guineense José Mário Vaz em eventuais eleições presidenci­ais antecipada­s.

Este, afirmam muitos analistas, é o principal motivo que o leva a rejeitar categorica­mente a realização de eleições gerais antecipada­s.

A guerra aberta no PAIGC devido aos deputados expulsos que rejeitaram a disciplina do partido e aproximara­m-se do PRS, maior força política da oposição, tem complicado a aritmética do hemiciclo e mantido o bloqueio da situação política na Guiné-Bissau.

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