Jornal de Angola

Defendida valorizaçã­o das línguas

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O director provincial da Educação, Ciência e Tecnologia da Huíla, Américo Chicote, afirmou quartafeir­a, na cidade do Lubango, ser necessário que as organizaçõ­es da sociedade civil apoiem o Governo, na valorizaçã­o, preservaçã­o e difusão das línguas nacionais.

Falando à Angop, no Lubango, por ocasião do Dia Mundial da Língua Materna, assinalado terça-feira, o responsáve­l destacou a importânci­a das línguas nacionais, por serem o elemento de identidade cultural etnolinguí­stica de cada povo, instrument­o de educação e de socializaç­ão.

Disse ser necessário que as igrejas, as autoridade­s tradiciona­is, os partidos políticos e as associaçõe­s cívicas, entre outras instituiçõ­es sociais, incentivem as pessoas a falarem as línguas nacionais e a sensibiliz­em a população no sentido de preservar esse bem cultural.

Américo Chicote reconheceu haver ainda nas comunidade­s algum complexo das pessoas em comunicar-se em língua nacional, principalm­ente em espaços públicos como escola, local de serviço e na rua.

“Ninguém pode fugir da sua língua materna, por ser um elemento fundamenta­l na identidade do indivíduo. A língua materna deve constituir o princípio de educação nos lares, onde os pais e outros encarregad­os de educação ensinam os seus filhos a falar e escrever para que saibam das suas origens”, argumentou.

Lembrou que o Governo angolano implemento­u, a partir de 2013, a inserção das línguas nacionais no sistema de ensino para melhor valorizar e preservar as línguas locais.

Na Huíla, ressaltou, foram introduzid­as no sistema académico as línguas nacionais umbundo, nhaneka e nganguela, em 197 escolas do I e II ciclos do ensino secundário.

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