A festa e a alegria do povo
Decorre o Carnaval em todo o país. A maior manifestação cultural no nosso país, o Carnaval, tem sido marcado por muita festa e alegria. O Carnaval de Angola, pela sua dimensão nacional, tem suscitado a atenção de estrangeiros que, não raras vezes, se deslocam ao país, para verem in loco a festa que mobiliza pessoas de todas as camadas sociais.
Na verdade, no Carnaval de Angola, camponeses, operários e intelectuais, pobres e ricos, juntam-se para dançar e cantar nas ruas, exibindo o que de melhor têm em termos de indumentária, canções que versam sobre diferentes temas, com destaque para a vida quotidiana e os grandes problemas da Nação.
No Carnaval dá para ver que o povo está atento ao que se passa no país, com os grupos carnavalescos a transmitirem mensagens, por via de canções e conteúdos que chamam a atenção para aspectos da nossa realidade social e cultural.
O Carnaval é também uma ocasião para que os cidadãos se possam manifestar sobre a essência da vida real, marcada não apenas pelas preocupações, mas igualmente, pelos avanços que o país registou, ao longo de muitos anos de independência, e, sobretudo, depois da conquista da paz em 2002.
Estamos todos ansiosos por ver o que os grupos carnavalescos vão levar este ano à Nova Marginal, no desfile central.
Geralmente aguardado com muita expectativa, tendo em atenção as inovações introduzidas pelos referidos grupos, o que tem produzido imensas dores de cabeça ao Júri, o Carnaval é um concurso que tem despertado o maior interesse entre nós.
Os grupos carnavalescos têm-se evidenciado pela sua criatividade em muitos aspectos, nas cidades e municípios, tornando-se num emblema nacional da cultura angolana. Ninguém em Angola perde a oportunidade de ver o Carnaval, na Nova Marginal ou noutros pontos do país, nos écrans da televisão, numa coreografia de vários tons e sabores da nossa identidade cultural.
Sendo a maior manifestação cultural do país, o Carnaval, tem sido apoiado pelas autoridades, no que diz respeito à sua organização e sem interferência oficial, nos processos de criatividade de cada grupo carnavalesco, o que torna o evento interessante e competitivo, fazendo com que os grupos carnavalescos assumam a dimensão de uma festa popular, onde o rigor dá forma ao espectáculo.
O Carnaval já faz parte da nossa vida como povo. É uma actividade que mobiliza agentes económicos e promove produtos e marcas. É um fenómeno social galvanizante, que arrasta multidões. O facto de o Carnaval ser celebrado em todo o país diz bem da importância que os angolanos dão a essa manifestação, que também é marcada pela diversidade cultural, tornando-a numa festa nacional.
De Cabinda ao Cunene e do Mar ao Leste, milhares de angolanos cantam e dançam o Carnaval, na rua, nos bairros, municípios e comunas, exibindo a alegria e o charme próprios do momento que se vive.
Como disse a Ministra da Cultura, Carolina Cerqueira, referindo-se à província de Luanda, os mais velhos estão a passar bem o testemunho às novas gerações e, com isso, fica preservada a natureza e a identidade cultural do Carnaval de Luanda. O mesmo deve acontecer noutras províncias, para que o nosso Carnaval continue a ser uma grande festa nacional. Que os jovens se interessem mais pelo que é nosso e participem nas variadas manifestações culturais do nosso país.
Os jovens devem ser os continuadores das obras realizadas pelos mais velhos , inovando sempre , para que o Carnaval em Angola seja uma manifestação de grande beleza, que dê a conhecer a nossa cultura.
Angola pode orgulhar-se de ter um Carnaval que é capaz de unir cidadãos de diferentes estratos sociais e de diferentes regiões do país. O Carnaval é também um factor de unidade nacional. Amanhã , 28 de Fevereiro, o país vai assistir ao desfile central do Carnaval. Milhares de pessoas não se vão importar de ficar muitas horas de pé, ao sol ou à chuva, para acompanhar o desfile de 14 grupos carnavalescos.
Todos esperamos que o desfile deste ano seja melhor do que o do ano passado e que ganhe o melhor grupo carnavalesco, na festa do povo. A crise económica e financeira que atreveassamos não está a impedir que os cidadãos façam a festa do Carnaval.
Os angolanos sabem contornar as dificuldades, com muita imaginação. Os grupos carnavalescos também tiveram de ser imaginativos para conseguirem dinheiro suficiente para se organizarem e participarem em mais um Carnaval.
Os grupos consagrados não queriam ficar de fora , e isto é bom para todos nós que pretendemos que o Carnaval deste ano seja muito competitivo.
E a competição gera qualidade. E todos nós desejamos que os grupos tenham a cada ano que passa muita qualidade.
Escolas especiais
Sou munícipe de Viana e docente. Aqui em Viana tem sido muito difícil aos pais encontrar escolas especiais para os filhos com deficiência , tais como surdez e cegueira. Acho que as nossas autoridades deviam olhar seriamente para esta questão, para um ensino cada vez mais inclusivo.
Creches fora da lei
Era bom que houvesse maior fiscalização das creches. Há pessoas que pensam que basta ter um quintal para montar uma creche. Uma creche implica uma série de condições. Quem abre uma creche deve