Archer Mangueira discute financiamentos em Espanha
O ministro das Finanças, Archer Mangueira, discutiu ontem, em Madrid, com o ministro da Economia, Indústria e Competitividade de Espanha, Luis de Guindos, mecanismos para fortalecimento das relações entre empresas dos dois países.
O encontro foi o primeiro de uma ronda de conversações que Archer Mangueira tem agendado em Madrid para discutir assuntos de carácter financeiro e a cooperação entre os dois países. Os dois ministros manifestaram-se optimistas pela forma como as relações entre os dois países têm avançado nos últimos tempos.
Ainda ontem, acompanhado do embaixador de Angola em Espanha, Victor Lima, o ministro Archer Mangueira reuniu-se com a secretária de Estado para a Investigação, Desenvolvimento e Inovação, Carmen Vela, e com a responsável da pasta do Comércio, Maria Luisa Poncela.
Archer Mangueira tem ainda um encontro com o Comité Executivo do Banco Bilbao y Vizcaya Argentaria (BBVA), um grupo espanhol com a participação de entidades financeiras de mais de 30 países. A agenda incluiu também reuniões com os presidentes da Companhia Espanhola de Seguro de Crédito (CESCE), Jaime García-Legaz, e da Companhia Espanhola de Financiamento para o Desenvolvimento (Cofides), Salvador Marin. A deslocação de Archer Mangueira a Espanha ocorre dias após a Cofides ter anunciado a disponibilização de 75 milhões de euros (cerca de 14 mil milhões de kwanzas) ao Instituto de Fomento Empresarial (IFE), para ajudar empresas de Angola e Espanha a constituírem negócios. O valor disponibilizado pela Cofides, de acordo com a presidente do Conselho de Administração do IFE, Dalva Ringote Allen, é destinado a sectores como a agricultura, transportes e logística, exploração mineira, indústrias de material de construção, têxtil e de calçado, petroquímica e de processamento de alimentos.
Mais de 60 empresas espanholas estão instaladas em Angola. Um dos destaques da presença espanhola em Angola e destacada pelo ministro das Finanças, Archer Mangueira, é a participação no Plano Nacional de Geologia (Planageo), lançado em Maio de 2014, através da firma Impulso, que integra um consórcio com o Instituto Geológico e Mineiro de Espanha e o Laboratório Nacional de Energia e Geologia de Portugal. Ambos são responsáveis por 37,5 por cento do projecto que vai permitir conhecer os recursos naturais do país, caracterizando as potencialidades minerais, para depois captar investidores estrangeiros, a médio e longo prazo. Os trabalhos do Planageo, um dos maiores do género a nível mundial, consistem no mapeamento dos potenciais recursos mineiros, e envolve levantamentos aéreos, recolha e análise de amostras.