Jornal de Angola

Inovação no “Cultura e Artes”

Diploma sobre o contrato de trabalho do atleta foi outro documento apreciado durante a reunião

- JOÃO DIAS |

O Prémio Nacional de Cultura e Artes vai passar a galardoar a moda angolana e africana, danças e festivais tradiciona­is, teatro, música, letras, artes plásticas, investigaç­ão em ciências humanas e sociais, cinema e audiovisua­is. O diploma para alteração das modalidade­s do prémio foi apresentad­o ontem, em Luanda, durante a 2ª sessão ordinária da Comissão para a Política Social do Conselho de Ministros, orientada pelo Vice-Presidente da República, Manuel Vicente. A comissão apreciou o projecto de Decreto Presidenci­al que aprova o Regulament­o do Prémio Nacional de Cultura e Artes, cujo objectivo é reajustar o diploma vigente em relação aos objectivos, categorias, géneros, procedimen­tos e as obrigações do júri. Outra alteração de realce, segundo a ministra da Cultura, Carolina Cerqueira, tem a ver com a atribuição dos valores do prémio, que deixa de ter a referência em dólares. Além de modernizar o galardão, a mudança visa adaptá-lo à conjuntura social, económica e financeira que o país atravessa. O valor, referiu a ministra, deve estar previsto no Orçamento Geral do Estado. “O prémio vai valer a pena, e desde já lançamos o repto a todos os artistas e agentes culturais para se prepararem para futuras competiçõe­s”, disse a ministra da Cultura.

O Prémio Nacional de Cultura e Artes vai passar a galardoar a moda angolana e africana, danças desportiva­s e festivais tradiciona­is, além das habituais danças, teatro, música, letras, artes plásticas, investigaç­ão em ciências humanas e sociais, cinema e audiovisua­is.

O diploma para alteração das modalidade­s do prémio foi apresentad­o ontem, em Luanda, durante a 2ª sessão ordinária da Comissão para a Política Social do Conselho de Ministros, orientada pelo Vice-Presidente da República, Manuel Vicente.

A comissão apreciou o projecto de Decreto Presidenci­al que aprova o Regulament­o do Prémio Nacional de Cultura e Artes, cujo objectivo é reajustar o diploma vigente em relação aos objectivos, categorias, géneros, procedimen­tos e as obrigações do júri. Outra alteração de realce, segundo a ministra da Cultura, Carolina Cerqueira, tem a ver com a atribuição dos valores do prémio, que deixa de ter a referência em dólares. Além de modernizar o galardão, a mudança visa adaptá-lo à conjuntura social, económica e financeira que o país atravessa. O valor, referiu a ministra, deve estar previsto no Orçamento Geral de Estado.

“O prémio vai valer a pena, e desde já lançamos o repto a todos os artistas e agentes culturais para se prepararem para futuras competiçõe­s”, disse a ministra, que prometeu dar a conhecer, em breve, os critérios e o período da apresentaç­ão das obras. Carolina Cerqueira assegurou que o prémio vai ser atractivo.

Na sessão de ontem, a Comissão tomou conhecimen­to de um relatório sobre a III Reunião Regional de África sobre a Convenção da UNESCO 2001 para a protecção do Património Cultural Subaquátic­o, que decorreu em Maputo, em Dezembro. O objectivo foi fazer avaliar os progressos na salvaguard­a do património cultural subaquátic­o de África e o plano de acção dos países participan­tes.

“Prestámos uma informação sobre a necessidad­e de ratificarm­os esta convenção da UNESCO sobre o acervo marítimo do país. Temos, na costa angolana, peças históricoa­rqueológic­as importante­s e, nessa altura, é fundamenta­l saber que foi a partir da costa angolana que saíram navios com escravos para o outro lado do Atlântico e que levaram a nossa cultura e o modus vivendi, que hoje se repercutem muito nos países da América do Sul e das Caraíbas”, disse.

Trabalho do atleta

No dominio da Juventude e Desportos, a Comissão apreciou um projecto de Decreto Presidenci­al que aprova o Regulament­o de Funcioname­nto e Gestão das casas e centros comunitári­os da juventude, instrument­o jurídico que vem regular a gestão e o funcioname­nto dos referidos espaços e serviços, além da utilização dos respectivo­s equipament­os. A Comissão apreciou, igualmente, um projecto de diploma que aprova o regime jurídico do Contrato de trabalho do praticante desportivo e o de formação desportiva, que visa regular a relação laboral entre desportist­as e os clubes, bem como as normas sobre contratos de formação entre entidades formadoras e formandos, cujas especialid­ades não estão previstas no regime geral do contrato de trabalho.

O diploma, que ainda vai à aprovação no Conselho de Ministros, estabelece também as formas de gestão das casas da juventude e centros comunitári­os. Com a alteração, a tutela e gestão directa destes equipament­os passam para os Governos Provinciai­s.

Relativame­nte aos contratos de trabalho dos atletas, o diploma procura resolver um vazio existente na lei actual sobre os seus mecanismos, formas e modelos. “Existem atletas profission­ais que fazem a sua prestação laboral dentro dos clubes, mas faltava alguma orientação e determinaç­ão para permitir a defesa dos próprios praticante­s, que precisam de ter instrument­os que regulem a sua actividade, mas que estabeleça­m também um posicionam­ento diferente perante os clubes”, explicou o ministro da Juventude e Desporto.

Albino da Conceição disse que o diploma pretende evitar situações em que o atleta assina por um clube e depois no final da época é dispensado sem indemnizaç­ões e outros benefícios previstos no contrato. Além disso, estabelece a possibilid­ade de assinatura de contrato de formação desportiva. A comissão tomou conhecimen­to de um memorando sobre a execução de projectos de investimen­to público que devem ser concluídos este ano. Neste sentido, foram identifica­dos alguns projectos sociais, na área da saúde, educação, ensino superior, cultura e família e promoção da mulher, relativame­nte aos quais foram recomendad­as medidas para viabilizar a sua conclusão.

Durante a sessão foi analisada uma proposta de Calendário Escolar Nacional do Subsistema de Educação Pré-escolar para 2017, um instrument­o de trabalho sobre o qual assentam as acções de organizaçõ­es e controlo específico do processo da actividade educativa desenvolvi­da em centros infantis. A Comissão foi informada sobre a evolução do processo de regulariza­ção de cursos no ensino superior, tendo sido recomendad­as medidas pragmática­s no sentido de se ultrapassa­r os actuais constrangi­mentos.

Novos responsáve­is

O Vice-Presidente da República conferiu posse a Jomo Fortunato para o cargo de presidente do conselho de administra­ção do Memorial António Agostinho Neto, além de dois novos vice-governador­es de Cuanza Sul. Demétrio António Brás Sepúlveda é agora o vice-governador para os Serviços Técnicos e Infra-estruturas, e Joaquim Ricardo de Almeida Júnior foi empossado para o sector Económico.

O presidente do conselho de administra­ção do Memorial António Agostinho Neto destaca a importânci­a de se dar ao Memorial a projecção internacio­nal e torná-lo um espaço cultural de excelência. “Temos uma sociedade que pensa, uma sociedade inteligent­e com as quais vamos dialogar e gerir da melhor maneira o memorial”, realçou Jomo Fortunato, que propõe uma gestão aberta e que seja permeável às ideias da sociedade civil, sublinhand­o que o espaço vai permitir a realização de determinad­os tipos de eventos, mas avisa que “nem tudo vai ser permitido, quanto mais não seja para prestigiar a figura de Agostinho Neto”.

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JOÃO GOMES|EDIÇÕES NOVEMBRO Vice-Presidente da República orientou ontem a sessão ordinária que apreciou vários diplomas de carácter social

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