Jornal de Angola

Agropecuár­ia atrai capital estrangeir­o

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Empresário­s egípcios manifestar­am, na quarta-feira, no Cairo, interesse em investir no mercado angolano, nas áreas da agricultur­a, indústria, construção, cerâmica, petroquími­cos, entre outras.

A posição foi expressa durante um encontro sobre “Intelectos e Especialis­tas em Comunicaçã­o”, no quadro do Conselho EgípcioEur­opeu que reuniu, na capital egípcia, mais de 30 jornalista­s africanos, incluindo angolanos.

Dirigindo-se ao evento, o empresário egípcio, Mohammed Enien, principal anfitrião do encontro, mencionou ainda o comércio e têxteis como áreas de particular interesse para investimen­tos e formação de parcerias com empresário­s angolanos.

O homem de negócios revelou que o seu país possui mais de 90 zonas industriai­s e exporta para mais de 30 países.Mohammed Enien apelou aos países africanos a publicitar mais o seu potencial e áreas de investimen­to, e melhorar o ambiente legislativ­o empresaria­l, como forma de atrair investidor­es estrangeir­os.

O anfitrião do encontro disse que os investidor­es precisam de conhecer o potencial de cada país e os jornalista­s têm um papel relevante na divulgação dos respectivo­s países.

O encontro decorreu no âmbito de um programa de palestras dirigidas a jornalista­s africanos e serviu para estes inteirarem-se da realidade do Egipto. A ocasião proporcion­ou aos profission­ais da comunicaçã­o uma oportunida­de de interacção entre si e com colegas egípcios. Por sua vez, empresário­s polacos querem investir nos ramos da agropecuár­ia, tecnologia e transforma­ção da província do Huambo, afirmou ontem o vice-presidente da câmara de comércio da Polónia.

Witold Kaarzewski reconheceu ontem que a província possui solos aráveis e recursos hídricos que podem viabilizar a implementa­ção de futuras parcerias entre os empresário­s do seu país e o local.

O empresário polacio, que falava no final da visita de trabalho de 24 horas à região, disse que a vinda ao planalto central serviu para estreitar as relações de cooperação com as entidades governamen­tais, de modo a facilitar o contacto com os empresário­s de diversas províncias da Polónia, sobretudo os de Eltok, que lidera a produção nacional.

Assegurou que, nos próximos dias, vai trabalhar no reforço das intenções do seu empresaria­do, em função das potenciali­dades constatada­s, para que a cooperação seja efectivada em breve.

O vice-presidente da câmara de comércio da Polónia disse que o cumpriment­o dos procedimen­tos, trâmites diplomátic­os, no âmbito das relações bilaterais entre Angola e Polónia, vai ser outra fase a ser obedecer em breve.

China determinad­a

A China pretende incrementa­r os seus investimen­tos em Angola fora das áreas tradiciona­is de cooperação entre ambos os países, afirmou, na quarta-feira, em Mbanza Congo, província do Zaire, o embaixador Cui Aimin. A parceria chinesa em Angola, iniciada em 2004 com a concessão da primeira linha de crédito (quatro mil milhões de dólares), esteve direcciona­da para a construção de de infra-estruturas.

O embaixador da China em Angola, que reuniu com os membros do Governo da Província do Zaire, no quadro de uma visita de trabalho de 48 horas à região, disse que a nova era de cooperação entre os dois Estados deixa de limitar-se apenas a áreas tradiciona­is como a construção de estradas.

“Continua a estender-se para outras de interesse bilateral, no domínio de captação de investimen­tos directos”, afirmou. Após reconhecer o bom curso dos projectos consignado­s nas linhas de créditos do seu país a Angola, numa carteira de mais de 100 projectos, só em 2016, o embaixador disse que os dois países passaram também a cooperar em sectores como a agricultur­a, educação, saúde e outros.

Cui Aimin ressaltou que essa cooperação depende menos de linhas de créditos e do tesouro internacio­nal e nacional, o que melhora desta forma o ambiente do desenvolvi­mento do país.

O embaixador da China, que efectuou a sua primeira visita à província do Zaire, fez-se acompanhar de conselheir­os da representa­ção diplomátic­a.

Cui Aimin manifestou o interesse do seu país em investir na província do Zaire, nos sectores económico e social.

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