Roberto Bianchi pode ser contratado
COMANDO DOS PALANCAS NEGRAS Trabalho desenvolvido no Petro coloca treinador entre os preferidos
Roberto Bianchi, contratado há um ano para orientar a equipa de futebol do Petro de Luanda, pode suceder a José Kilamba no cargo de seleccionador dos Palancas Negras, depois do fracasso nas eliminatórias de apuramento para o Campeonato Africano das Nações (CAN/2016), disputado no Gabão, bem como na corrida ao Mundial de 2018, na Rússia.
Na próxima terça-feira a Federação Angolana de Futebol (FAF) apresenta o novo técnico, em conferência de imprensa, que se espera bastante concorrida, tendo em vista os próximos compromissos da Selecção Nacional, a qualificação para o Campeonato Africano das Nações (CAN), a ter lugar em 2019 na República Unida dos Camarões.
Inserida no Grupo I, a Selecção Nacional disputa o apuramento com as congéneres do Burkina Faso, Botswana e Mauritânia. Na jornada inaugural, os palancas Negras jogam a 5 de Junho com os Cavalos burkinabes.
Com o aproximar da partida inaugural, o elenco de Artur Almeida e Silva tem três meses para preparar uma selecção forte e capaz de competir ao melhor nível nas eliminatórias do CAN, com o objectivo de qualificar os Palancas Negras para o restrito grupo das 16 melhores selecções africanas. Angola não vai há dois campeonatos seguidos, depois de ter competido pela última vez na África do Sul (2013), sob o comando técnico do uruguaio Gustavo Ferrín.
A atravessar uma crise financeira sem precedentes, a FAF parece optar pelo técnico Roberto Bianchi, que tem vindo a realizar um trabalho digno de realce no Petro de Luanda. Foi segundo classificado no ano passado, atrás do 1.º de Agosto. Tendo em conta os propósitos da direcção presidida por Artur Almeida, o treinador hispanobrasileiro encaixa-se no perfil da direcção da FAF para dirigir o “onze” nacional, por ser ambicioso, exigente e trabalhador.
A FAF e o treinador já acertaram todos os pormenores inerentes ao contrato de trabalho, tal como o “projecto a longo prazo”. Roberto Bianchi vai conciliar o trabalho no Petro de Luanda com o da Selecção Nacional, soube o Jornal de Angola.
Antes de recorrer aos préstimos de Roberto Bianchi, a FAF contactou o técnico Mário Calado, para comandar a equipa nacional. O antigo seleccionador dos Palancas Negras recusou o convite de Artur Almeida e Silva, porque o órgão reitor da modalidade não dispõe de condições financeiras para pagar o contrato, salários e prémios de jogos, como aconteceu durante o período em que Romeu Filemon esteve à frente do corpo técnico. Foram 13 meses de salários em atraso, no mandato de Pedro Neto.