Jornal de Angola

Restos mortais de Tshisekedi são trasladado­s para Kinshasa

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Os restos mortais de Etienne Tshisekedi, falecido a 1 de Fevereiro, em Bruxelas, chegam no próximo dia 11 a República Democrátic­a do Congo (RDC), anunciou quarta-feira a família do político e o seu partido, citados pela AFP.

A União para a Democracia e o Progresso Social (UDPS) “tomou nota da decisão da família biológica do presidente Etienne Tshisekedi para repatriar o seu corpo a 11 de Março de 2017”, segundo um comunicado assinado pelo irmão e a esposa do velho opositor falecido aos 84 anos, de uma embolia pulmonar, declarou o porta-voz do partido, Augustin Kabuya.

“Trata-se de uma data a título indicativo”, disse o delegado provincial do Interior de Kinshasa, Emmanuel Akweti, para acrescenta­r que “é o construtor do local (de enterro), que comunica a data final para as autoridade­s da cidade e à família”.

Na quarta-feira, a televisão pública mostrou o governador da capital congolesa a realizar uma visita de inspecção aos trabalhos da construção do local onde é enterrado o opositor num cemitério em desuso do bairro nobre de Gombe, tendo garantido que os trabalhos devem “terminar dentro dos próximos 15 dias”.

Tshisekedi entrou em dissidênci­a com o regime de Mobutu em 1980, antes de se opor aos seus sucessores, Laurent Kabila (19972001), e posteriorm­ente ao filho deste último, Joseph Kabila, cujo mandato terminou oficialmen­te a 20 de Dezembro. Desde a sua morte, as discussões sobre a implementa­ção do acordo político de 31 de Dezembro sobre a criação de um mecanismo nacional de gestão conjunta do país antes de uma possível eleição presidenci­al estão interrompi­das.

A oposição exige a nomeação de um novo primeiro-ministro e a investidur­a do seu Governo antes da trasladaçã­o dos restos mortais, mas a maioria presidenci­al tem condiciona­do a retomada de negociaçõe­s sobre a aplicação do acordo de gestão conjunta com a organizaçã­o antes de um “funeral digno” para Etienne Tshisekedi.

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THIERRY CHARLIER|AFP Líder opositor congolês morreu em Bruxelas

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