Processo de registo eleitoral fica concluído a 31 de Março
O Ministério da Administração do Território (MAT) voltou ontem a descartar uma eventual prorrogação do processo de registo eleitoral, que encerra no último dia do mês em curso. O director nacional do MAT para as Tecnologias e Apoio aos Processos Eleitorais, António de Lemos, disse que até lá vai continuar o trabalho de procurar registar todo o potencial eleitor.
António de Lemos, que falava depois da apresentação do relatório do processo de registo eleitoral e do Ficheiro Informático de Cidadãos Maiores (FICM), referente ao mês de Fevereiro, à Comissão Nacional Eleitoral (CNE), disse que o MAT continua a trabalhar na perspectiva de que existem ainda muitos eleitores por registar. “Apesar de recebermos o sinal de algumas províncias (de que já não existem muitas pessoas por registar), não abrandamos o nosso trabalho, no sentido de motivarmos sempre as nossas equipas”, garantiu.
António de Lemos informou que o MAT conta, neste momento, com uma base de dados de mais de oito milhões de eleitores, tendo sublinhado que a estimativa é de que sejam registados nove milhões de cidadãos. António de Lemos apontou a parte leste do país como sendo a que mais zonas de difícil acesso possui, não apenas pela distância, mas também por causa das chuvas. A porta-voz da Comissão Nacional Eleitoral elogiou o MAT pela dedicação e rapidez na entrega do relatório referente ao mês de Fevereiro. Júlia Ferreira disse que as questões nucleares e essenciais para a lisura do processo têm sido bem atendidas, em particular no processo de mobilização dos cidadãos, bem como no processo de educação cívica eleitoral. Reconheceu ainda que houve um esforço acrescido no que toca à extensão do processo de registo eleitoral nas zonas de difícil acesso, uma tarefa que está a ser partilhada com as Forças Armadas. Além do relatório foi também entregue o ficheiro informático de cidadãos maiores (FICM) referente a todas as operações de registo eleitoral realizadas até ao dia 28 de Fevereiro.
Júlia Ferreira afirmou que os dados vão permitir à CNE aferir os dados recebidos, tendo em conta que o processo ainda não foi concluído. “Só na fase final da entrega dos ficheiros informáticos de cidadãos maiores, depois da conclusão do processo de registo eleitoral, é que a CNE vai trabalhar com mais cientificidade na elaboração dos cadernos eleitorais”, esclareceu a porta-voz da Comissão Nacional Eleitoral, para quem, ao proceder-se de forma contrária, haveria um trabalho redobrado.