Comandantes exigem rigor na formação
O segundo comandante da Região Naval Sul, contra-almirante João da Cunha Júnior, recomendou ontem, no município do Lobito, província de Benguela, maior rigorosidade no processo de formação, organização e enquadramento dos efectivos da Marinha de Guerra Angolana (MGA) e demais ramos das Forças Armadas Angolanas (Exército e Força Aérea), face aos futuros desafios do país.
Discursando na abertura do ano de preparação operativa, combativa, educativa e patriótica das Forças Armadas Angolanas (FAA) , referente ao ano de instrução 2017/2018, o responsável militar disse ser necessário adequar os métodos de formação com a nova realidade da Marinha de Guerra, com o objectivo de manter o grau de vigilância no vasto e rico espaço marítimo do país. Os contextos nacional e internacional, acrescentou, exigem de cada militar uma actualização constante dos conhecimentos a nível académico e intelectual da carreira militar.
“A preparação combativa é determinante na manutenção operativa da Marinha, no cumprimento das missões para a salvaguarda da soberania”, afirmou o contra-almirante, salientando a necessidade de os soldados e oficiais terem preparação física e atlética, que lhes permita participar sem dificuldades em exercícios ou manobras militares. João da Cunha Júnior pediu maior disciplina aos oficiais e comandantes das unidades, sobretudo, na gestão dos meios disponíveis para a manutenção da paz. Durante o ano de preparação, serão traçadas estratégias ligadas à planificação das acções combativas, de ensino e outras de âmbito militar a serem desenvolvidas no período de 2017/2018.
Condições nos quartéis
O comandante da Região Naval Norte (RNN) da Marinha de Guerra Angolana (MGA) solicitou, quinta-feira, na cidade do Soyo, província do Zaire, melhores condições de aquartelamento dos efectivos. O contra-almirante Augusto Pedro, que falava na abertura do ano de instrução operativa e combativa das tropas, a nível da região norte, disse que o desiderato concorre para o êxito das missões acometidas à Marinha de Guerra Angolana.
Defendeu a contínua formação académica e profissional das tropas, salientando que a instrução operativa e combativa garante a coesão dos efectivos do ramo, através de exercícios teóricos e práticos. Avaliou de forma positiva o ano de instrução 2016/2017, tendo em conta o grau de cumprimento das missões e demais orientações incumbidas a nível superior.
O Comando da Região Naval Norte é uma área estratégica para o desenvolvimento social e económico do país, considerou o contraalmirante, que alertou para os cuidados a ter na preparação táctica, operativa, combativa, educativa e patriótica dos efectivos, para o pleno cumprimento da defesa da integridade territorial.
A cerimónia decorreu na Base Naval do Soyo e contou com a presença de oficiais, sargentos, marinheiros e trabalhadores civis da MGA. Militares de outros ramos das FAA, autoridades tradicionais e religiosas, incluindo da administração municipal também testemunharam o acto.
O Comando da Região Naval Norte engloba as províncias do Zaire, Cabinda, Bengo, Luanda e o corredor do rio Longa, na província do Cuanza Sul.