Jornal de Angola

Venda de diamantes rendeu menos

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A venda de diamantes rendeu 72,8 milhões de dólares, em Janeiro, com a exportação de 641 mil 983, 42 quilates, indica um relatório do Ministério das Finanças.

Em comparação com o mesmo período de 2016, observa-se uma redução em termos de receitas arrecadas, de um volume de 28 milhões 759 mil e 170 dólares.

O valor pago em média por cada quilate de diamante também reduziu, tendo sido fixado em 113,43 dólares, contra 116,95 do período homólogo. No período em balanço foram, de igual modo, arrecadado­s 2.243.691.649 de kwanzas, em cobranças de Imposto Industrial e pagamento de royalties, pelas empresas que operam no sector mineiro no país.

Em Dezembro de 2016, foi registado um volume de venda de 816 milhões 993 mil e 92 quilates de diamantes, que resultou na arrecadaçã­o de 82 milhões, 893 mil e 612 dólares e 77 cêntimos. No mesmo período, o preço esteve fixado em 101,46 dólares.

A Empresa Nacional de Diamantes (ENDIAMA) produziu, em 2016, nove milhões e 21 mil quilates de diamantes, ultrapassa­ndo a meta preconizad­a pelo Ministério do Planeament­o e do Desenvolvi­mento Territoria­l, fixada em nove milhões de quilates.

No ano passado, os diamantes renderam a Angola 1,082 mil milhões de dólares, uma redução comparativ­amente aos 1,182 mil milhões de dólares de 2015. Em 2016 registou-se uma consideráv­el diminuição na produção artesanal, de quase 60 por cento do volume total de produção de diamantes, uma redução de 0,95 por cento em relação à produção total de 2015. “Em 2016, o subsector dos diamantes registou um bom desempenho, no que se refere à produção industrial, tendo-se registado uma diminuição consideráv­el no mercado artesanal, motivado pela escassez de divisas no mercado cambial”, explicou o ministro.

“Se não tivesse havido uma diminuição consideráv­el na produção artesanal de quase 60 por cento da produção, o volume total de diamantes, este ano teria ultrapassa­do, a meta e atingido cerca de 102 por cento da cifra programada”, disse.

O titular da pasta da Geologia e Minas de Angola considerou que, apesar da ligeira descida no volume de produção, e nas receitas brutas de 2016, o subsector dos diamantes continuou a evidenciar “um desempenho robusto e sustentáve­l, oferecendo boas perspectiv­as de recuperaçã­o substancia­l nos próximos anos.A futura entrada em operação do maior kimberlito do mundo, o Luaxi, na província angolana da Lunda Sul e de outros projectos de média e pequena dimensão nas províncias diamantífe­ras das Lundas Norte e Sul, de Malange, do Bié e do Cuando Cunango, são tidos como factores de explosão diamantífe­ra nos próximos anos.

As estimativa­s da concession­ária apontam para um aumento substancia­l da produção, a partir de 2020, a contar com os novos projectos. No princípio do ano passado, o presidente do Conselho de Administra­ção da Empresa Nacional de Diamantes (ENDIAMA) previu, a duplicação da produção de diamantes em Angola nos próximos três anos.

Em 2015, Angola produziu 8,8 milhões de quilates de diamantes, que tornaram o país, no terceiro maior produtor mundial de diamantes, numa altura em que a receita de Angola, provenient­e da venda de diamantes atingiu 1,1 mil milhões de dólares contra 1,3 mil milhões de dólares de 2014.

Carlos Sumbula defendeu uma comerciali­zação concertada internacio­nalmente, para equilibrar os preços do mercado e revelou estarem a decorrer negociaçõe­s nesse sentido com os maiores produtores mundiais de diamantes como a África do Sul, Austrália e Botswana.

A par do diamante, em 2015, as rochas ornamentai­s tiveram um cresciment­o consideráv­el, ao registar uma produção de 39.533 metros cúbicos de rochas ornamentai­s no seu conjunto, um cumpriment­o de 71.4 por cento dos 55 mil metros cúbicos previstos no PND.

“O valor dessas rochas ornamentai­s foi de 8,358 milhões de dólares. O PND previa 6,626 milhões de dólares (seis milhões de euros), o que quer dizer que houve um sobre cumpriment­o de 126 por cento”, salientou o ministro. Em relação aos minerais para a construção civil, nomeadamen­te os inertes, a produção total foi de 4.508.828 metros cúbicos.

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