Artes Sol estreia “Tomara que chova”
A apresentação da peça “Tomara que chova… Mas bem longe daqui” pelo grupo Artes Sol marca a sua estreia, na quarta-feira às 20h00, na primeira edição do Festival de Teatro da Mulher, que decorre de 2 a 8 na Liga Africana, em Luanda.
Os problemas causados pelas fortes chuvas que caíram em Luanda e provocaram vários transtornos aos habitantes e governantes é o enfoque da peça assente essencialmente nos problemas diários da capital.
A peça foi encenada na perspectiva de levar à reflexão alguns temas peculiares da sociedade, como os princípios da igualdades e transparência na gestão do erário público, disse ao Jornal de Angola a directora artística do grupo, Solange Feijó.
O enredo, explicou, assenta principalmente num conflito entre a verdade e a falsidade, onde o “fiscal chuva” procura sempre desvendar algumas obras imperfeitas de curta duração realizadas pelos governantes. No espectáculo, o administrador Cassova, teme a chuva por recear que está ponha a descoberto o mau trabalho prestado às populações em benefício próprio.
“O principal objectivo da peça é sensibilizar as pessoas, em especial aquelas com responsabilidades de governarem, a trabalharem mais para o desenvolvimento do país que começa a entrar numa nova era e, por essa razão, precisa do contributo de todos ”, justificou.
Embora a directora artística reconheça os grandes esforços do Executivo no sentido de melhorar as infraestruturas sociais, acredita que a melhoria de muitas situações passa também por uma maior contribuição dos citadinos. A peça, reforça Solange Feijó, demonstra que o administrador Cassova está mais preocupado e atento às previsões do Instituto Nacional de Meteorologia e Geofísica (INAMET), para saber qunado há previsão de ocorrência de chuva fraca, moderada ou forte, acompanhada, por vezes, de trovoada.
A ideia, acrescentou a responsável, é apelar também para a criação de medidas preventivas eficazes, capazes de evitarem transtornos maiores na vida dos habitantes. “Quem se previne evita sempre grandes problemas. Temos de nos habituar a fazer as coisas no momento certo, para não termos de ir atrás do prejuízo, como é costume”, frisou.
O colectivo de teatro Artes Sol trabalhou com 15 actores nesta peça, desde Março de 2016.