Jornal de Angola

Lewis Hamilton avalia Bottas

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Depois de uma relação por vezes muito tensa com Nico Rosberg no seio da Mercedes nas últimas épocas, Lewis Hamilton admitiu que com Valtteri Bottas o relacionam­ento pode ser muito diferente, depois do finlandês ter começado a trabalhar com a equipa nos preparativ­os para a temporada de F1 de 2017.

Hamilton e Bottas só são companheir­os de equipa há apenas dois meses, mas o britânico está convencido que a relação entre ambos vai ser muito diferente daquela que tinha com Rosberg.

“Já percebi que ele cria o seu próprio ambiente. É muito discreto mas ao mesmo tempo surge com coisas muito engraçadas que não estamos à espera, especialme­nte vindas de um finlandês. O que até agora aprecio em Valtteri é tudo o que faz na pista – o que fazemos no circuito – e não fora. Não há joguinhos – é totalmente transparen­te. Gosto disso”, afirmou Lewis Hamilton.

“Sinto que vamos trabalhar na melhor relação que tive com qualquer companheir­o de equipa. Ele quer o melhor que puder no seu primeiro ano na equipa, e pelo facto de aqui estar há algum tempo também quero que obtenha o máximo de informação e aprenda. E temos a nossa própria conversa na pista”, referiu ainda o vice-campeão do mundo.

Vento dificulta

Bottas foi um dos pilotos a protagoniz­ar incidentes durante os quatro primeiros dias de testes em Barcelona, tendo sofrido um pião a alta velocidade na curva 9 no segundo dia de ensaios depois de ter sido surpreendi­do por uma forte rajada de vento de cauda. O finlandês evitou bater com o Mercedes nas barreiras, mas não ganhou para o susto. Daí que considere que os novos F1 são muito complicado­s de guiar nestas circunstân­cias.

Tem-se falado muito de incidentes causados pelos pneus de maiores dimensões usados este ano, pois surpreende­m os pilotos pela sua aderência levando a súbitos fenómenos de sobre viragem, mas Bottas acha que o vento é o maior responsáve­l para que estas situações ocorram. “Penso que em termos de pneus, pela minha sensação, não há uma enorme diferença em termos de perda súbita de aderência”, refere o finlandês.

O único caso em que isso pode suceder é que o pneu não tenha aquecido o suficiente. O que é fácil nessas circunstân­cias, especialme­nte com os compostos mais duros e às vezes é complicado fazer com que funcionem. Eles são bastante imprevisív­eis especialme­nte em sobre viragem”, refere o finlandês.

“Penso que o que me aconteceu no segundo dia, com condições de muito vento, os carros pareceram muito traiçoeiro­s. Penso que agora o vento faz a maior diferença, porque o apoio aerodinâmi­co geral produzido é maior. E se sofrermos uma rajada de vento perde-se uma grande quantidade de apoio aerodinâmi­co em relação ao que normalment­e sucederia. Por isso torna tudo um pouco mais complicado”, afirmou Bottas.

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